ESTRESSE –

Fui ao cardiologista.

Sei! Mais um médico, né?

Todo ano bato ponto no cardiologista,  um senhor de idade avançada que me diz “vai com Deus “ ao término de cada consulta e sei que isso me faz um bem imenso. Qualquer pessoa que me diz para andar com Deus é diferenciada! Me dá paz! Assim, chegam as perguntas de rotina: Tudo bem? Alguma novidade? O que te trouxe aqui?

E eu disse que tive um pico hipertensivo diante de um momento inconveniente nesta semana. Quem nunca?

Ele começa a conversar, mede a pressão, repete a medição, me tranquiliza e diz para eu tentar evitar o estresse.

Acho fofo, mas penso em dizer a ele que não sou eu quem procura o estresse, mas sim, ele que me procura e, pior!, me encontra!!!

Entretanto, lembrei de uma conversa dois dias antes com uma amiga que estava exatamente me dando bronca por tentar fazer tudo. Ela dizia e repetia com alguns exemplos muito próprios de quem conhece minha vida de perto e sabe com convicção onde tenho errado. E lá estava o estresse, sentado no banco da praça. E eu cheguei correndo para abraçá-lo como a um amigo de longa data.

Saí do médico mais tranquila e com a cabeça voltada para aquela conversa, regada a café e brigadeiro, onde alguém que me conhece tão bem foi capaz de me dizer verdades duras e necessárias. Amigos são para isso mesmo!

Obrigada, Eustinha!

 

 

Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista e Escritora

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