ESTADOS UNIDOS E CHINA –

Quando nos anos 70 as 32 províncias, 282 municípios, 2.862 condados, 19.522 cidades e 14.677 vilas da China se lançaram em uma competição aberta por investimentos e por boas ideias de desenvolvimento da economia local, a China se tornou um gigantesco laboratório. onde muitos experimentos econômicos diferentes foram tentados simultaneamente

Guerra econômica

Em razão disso, o mundo assiste há anos intensa “guerra econômica” entre Estados Unidos e China.

Conhecimento de todos os tipos foi criado, descoberto e difundido rapidamente.

Por meio do crescimento do conhecimento, a enorme escala da industrialização chinesa tornou possível sua rápida velocidade.

Operou-se a “modernização”, que o governo chinês pós-Mao lançou, na grande transformação econômica da China.

Os americanos não se conformam e querem “brecar” a competição comercial, através de pesadas tarifas.

Claramente, uma contradição, que conspira contra os fundamentos do capitalismo de Adam Smith, que prejudica a imagem dos Estados Unidos como um campeão do livre comércio e cede autoridade moral à China.

A China foi transformada de dentro para fora nos últimos 35 anos a base da liberdade de mercado.

Essa transformação compõe a história do nosso tempo. A luta da China, em outras palavras, é a luta do mundo.

Economia de mercado

Com 1,3 bilhão de habitantes, a China começou o novo milênio dona de um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 1,2 trilhão.

Vinte anos depois, ele batia os US$ 15 trilhões, o segundo maior do planeta, com analistas projetando que na década seguinte o país superaria os Estados Unidos como a maior economia do mundo.

Em 20 anos, nenhum país cresceu e se transformou tanto como a República Popular da China.

A China basicamente se tornou uma economia de mercado, antes de ingressar na Organização Mundial do Comércio, em 2001.

No novo milênio, a economia chinesa manteve seu ímpeto de crescimento e se tornou capitalista e mais integrada à economia global.

Por exemplo, mais investimento foi canalizado de bens de capital para a produção de bens de consumo.

Mais dinheiro foi alocado para a agricultura.

O governo aumentou os preços de compra de produtos agrícolas em mais de 20%.

Pequim também tomou medidas para descentralizar o comércio exterior.

Enfim, os chineses se tornaram parceiros da economia global e será complicado para o presidente Trump conter essa “corrida”.

Talvez, por isso, ele começa a falar em negociação, com Xi Jinping, o que é uma boa notícia.

 

 

 

 

 

 

Ney Lopes – jornalista, advogado e ex-deputado federal

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