A ESPERANÇA NO BOA SORTE DOS VEREADORES –

Acordei disposto ao caminhar e no percurso surge o vendedor de cartelas do Natal Cap. Venho adquirindo com ele, que se posiciona diante de uma padaria e também vende mel.

Comprar cartelas desta empresa e bilhetes da quina ou sena é mágico. Ao marcar os números, preencher os formulários sempre acho que vou ganhar. O simples pensar nisso já me premia com sonhos diversos.

Com o acúmulo em mais de cem milhões da sena, passei a semana pensando em quem ajudar. Eis o melhor de ganhar. Viajar muito, ter um bom carro e frequentar bons ambientes é pensamento trivial, o bom mesmo é a lista de bondades.

Ajudar a família é outra coisa normal, praticamente obrigação, daí gostar de pensar nas pessoas batalhadoras que passaram e estão passando transversalmente por minha existência. Imaginar cada uma numa nova casa, pegando uma boa grana ou viajando com você no trem da alegria, é o prêmio maior.

Ajudar instituições legais, é outro instante mágico nestes momentos em que mentalizamos ter o prazer de vencer.

A mega sena de 107 milhões saiu para um carioca e naquele fim de semana só me resta o carrão do Natal Cap, ou do Midway que vem ai.
Nesse caso não dá para ajudar alguém, mas vai me proporcionar novos carros menores no seio restrito do núcleo familiar.

E a caminhada da esperança chegou a Ponta Negra com o observar dia circunstantes. Percebendo olhares tristes e vagos nos quadros expostos na galeria a beira mar, o gostoso banho de mangueira, a fuga dos ambulantes na chegada da guarda municipal, os selfies, surfistas, turistas e artistas circulando, curtindo, vendendo, passeando, vivenciando um domingo de sol intenso e maré cheia.

Depois de andar e jogar olhar para cantos diversos, sento para o tradicional pretinho gostoso e papo amistoso no Fashion Café, do amigo português Vítor Simões.

A vida segue sem os milhões da sena, deixando como recompensa bilhões de sonhos do que fazer com tanta grana. Posso nunca ficar milionário, mas jamais ficarei pobre de mentalizar o que fazer com a fortuna imaginária.

 

Flávio Rezende – Jornalista e ativista social

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