CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

Carlos Alberto Josuá Costa 

Dias atrás encontrei a jovem esposa de um casal afetuoso e alegre, como que explicativa, pela não companhia de seu marido.

Ao perguntar pelo filho que conhecemos no berço e, hoje trilham seus passos pelos corredores da vida juvenil, tive como resposta: “Está com o pai”.

 Mas esse “está com o pai”, tinha embutido um recado: estamos separados!

“- Meu casamento já não era o mesmo; o amor acabou”.

 O amor acabou?!

Na lembrança me vieram os sorrisos, os momentos afetuosos, os planos traçados, a cumplicidade do amor, o brilhar dos olhos que ambos carregavam.

Uma crise?

Os tempos de crise certamente não são de hoje.

Em João 2:1-10, quando nas Bodas de Caná, ocorreu uma crise, uma situação embaraçosa: faltou vinho no casamento. Acabou.

 Lá, Jesus estava presente. Cá, provavelmente Ele não foi convidado. E isso faz uma diferença significativa: um casamento com mais taninos!

Lá, as talhas estavam vazias e Jesus, ainda com o recato profético, simplesmente disse: “Encham as talhas”. E o vinho bom manteve a alegria dos noivos, da família e dos convidados.

Nos dias de hoje o vinho no casamento não faltaria. Na conferência dos itens, vezes e vezes foram “ticados” e, mais ainda com a margem de segurança prevista pelos ordenadores da festa: “O vinho não vai faltar”.

O conflito “Mais Casamento” versus “Menos Casamento”, não tira dos jovens o desejo de se unir numa esplendorosa e dispendiosa festa, onde nada pode faltar. Do cálice do licor à sandália para aliviar os pés, tem que estar perfeito.

Observe que em cada casamento que você presencia hoje, mais e mais adereços são agregados pelas empresas de eventos. Afinal, todos gostam de novidades e, se elas forem hollidianas e inovadoras, mais marketing para o casamento mais chique.

Que venha a lua-de-mel!

É a fase do vinho bom: passeios, filhos, sonhos e mais sonhos…

Porém, à medida que os anos vão passando, tal como em Caná: acaba o vinho! As juras de amor, as atenções, e o próprio amor que os uniu começa a se dissipar. O glamour da festa não manteve as luzes e os sons que agitaram os dias passados.  Um fato novo surgiu: o vinho inferior de pouca qualidade.

Cada convidado, cada padrinho e madrinha, vagavam suas fisionomias pelas lembranças do casal, mais faltava um: Jesus.

As talhas do casal, agora estavam cheias. Cheias de desesperança, de discórdias, cheias de afrontas, cheias de competições e gritarias.

O amor acabou.

O vinho do casamento acabou.

A diferença é que em Caná, Jesus estava lá. Deram conhecimento a Ele da falta de vinho. Ele agiu em favor dos noivos.

Hoje, muitos acham natural que o vinho do casamento acabe.

Como natural, a felicidade, a esperança, o amor acabar e se achar que é assim mesmo?

A questão é que o vinho do casal pode até ter ficado ácido, pode até ter se acabado, mas é preciso deixar que Jesus tome conhecimento. Ele sabe como esvaziar as talhas emocionais da vida em comum e enchê-las com vinho bom. Ele é a terra certa para fazer a videira do relacionamento conjugal produzir os frutos do entendimento.

Não tenha receio de que sua soberba não dê espaço para humildemente, pedir a Jesus que retome os passos para a produção do vinho bom do seu casamento.

Quando Jesus os faz entender o significado e a missão da vida conjugal, as coisas ficam melhores do que antes.

Fiquem atentos para que as talhas não sejam preenchidas com ódio, desavenças e indiferenças.

Renove sempre o convite a Jesus para estar em seu casamento, em seu lar, na companhia do seu cônjuge e de seus filhos.

Mantenha as talhas cheias de fé, de conhecimento, de obediência, de renúncia, da palavra de Deus, da gratidão.

Encham também as mãos, as mentes, as palavras, os corações e as atitudes de um grande amor e das melhores bênçãos.

Enfim, encham as talhas.

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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