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Uma nova técnica desenvolvida pela Embrapa vai permitir a criação de películas finas biodegradáveis à base de substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria brasileira. E tudo isso em menos de 10 minutos. Os materiais resultantes desse processo poderão ser usados para transportar compras de supermercados ou para empacotar biscoitos, chocolates, balas, entre outros produtos alimentícios. Batizado de casting contínuo, o sistema permite a fabricação de folhas de plástico biodegradável em larga escala, com a transformação de formulações aquosas de substâncias naturais, como o amido e o colágeno, em películas finas de alta transparência.

Os ingredientes usados são um grande diferencial dessa pesquisa, que é inédita no Brasil. Outro diferencial está no fato de que, com o domínio dessa técnica, é possível produzir a película de quitosana com grande rapidez. Do modo tradicional, seria necessário pelo menos 24 horas. Os plásticos biodegradáveis são uma alternativa aos materiais sintéticos que, descartados na natureza, causam prejuízos ao meio ambiente. Os bioplásticos, por sua vez, são obtidos de materiais naturais orgânicos e degradam-se rapidamente durante a compostagem.

A técnica desenvolvida pelos pesquisadores consiste no preparo de formulações à base de água e incorporou a nanotecnologia. Esse trabalho vem sendo aprimorado no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação (SP). Argilas sintéticas comestíveis com dimensões nanométricas, também conhecidas como hidróxidos duplos lamelares (HDL), podem ser usadas para melhorar o desempenho mecânico das películas biodegradáveis, ou o modo como a estrutura do material se comporta.

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