EM TEMPOS DE PANDEMIA A ESTRELA DO MOMENTO: A MÁSCARA –

Atendendo os pedidos de alguns amigos, e em especial ao Nelson Freire e o querido colega Kleber Morais, atrevo-me a discorrer um pouco deste inusitado acessório tão em moda, voga e alto prestígio.

Minha intenção caros amigos, tanto tem a ver com a história, mas principalmente com a natureza e função de seu uso, hoje tão importante, a nível local, e globalmente falando.Máscara. Palavra substantivo, feminino, que designa uma peça ou acessório com que se cobre parcial ou totalmente o rosto com intuito de se ocultar a própria identidade.

No entanto “ela”aqui vai uma anáfora, se presta a várias e múltiplas finalidades, de acordo com as intenções de seus usuários, em épocas, lugares e contextos . O ator de teatro, no rituais totêmicos e de guerra, as máscara mortuárias mas aqui no momento desta pandemia global e terrível, é o seu uso para fins belos, sublimes, superiores, de efeitos especiais, na ação de uma classe merecedora de todos os créditos como a dos MÉDICOS, ENFERMEIROS e auxiliares, do POVO em geral na linha de frente no combate a este terrível inimigo chamado COVID-19.

No amplo sentido da palavra, meus queridos amigos e possíveis leitores, atrás desta MÁSCARAS, ou modernamente chamada de equipamento de proteção individual,  tudo pode acontecer, para os médicos, enfermeiros, odontólogos e o povo em geral como formas de proteção ao vírus e outras doenças de contaminação das vias respiratórias, e no outro sentido do mal, criando no expectador uma ilusão da realidade.

No teatro quer seja na Antiga Grécia, em suas trágico-comédias, seu uso para representar as caracterizações e aparências naquele estilo de dramaticidade. No cinema e no teatro hodiernamente, como não podemos nos lembrar e citar aqui dos personagens do Farwest dos dias de domingo com a Máscara do Zorro, do célebre prisioneiro do Castelo de IFF de Alexandre Dumas, com o Homem da MÁSCARA de Ferro, ou na famosa peça teatral da Brodway contemporânea de Andrew Lloyd Webber, com o mascarado do FANTASMA DA ÓPERA.

Vejamos que usei uma palavra “mascarado” aquele que usa a máscara, como os bandidos, fingidos, dissimuladores, hipócritas, aquele que se apresenta sob aparência enganadora, mesmo sem usar máscara.

Não as máscaras dos carnavais da velha Roma, Pompeia, ou Herculano. não as máscaras mais recentes dos famosos carnavais, de Veneza, Paris, New Orleans, Rio de Janeiro, Salvador ou Olinda em nosso querido Brasil. Não as peças de Édipo, Fedra ou Macbeth, quando lemos ou assistimos suas peças na TV ou no cinema , mesmo sabendo ser uma ilusão , em que experimentamos emoções, sentimentos ,mas, mais recentemente no Carnaval aqui do Brasil Rio, São Paulo, Salvador neste ano de 2020, que fomos advertidos para evitarmos aglomerações, o vírus já estava disseminado. Não faltaram advertências , e aí o uso local e globalmente do uso da famosa Máscara, em que estamos a experimentar um isolamento de consequências ainda desconhecidas, gerando emoções, descontrole, excitações, medo, compaixões, ódios, que para nós compreendemos verdadeiros. E assim a Máscara, o equipamento, deixando de ser um acessório e passa a ser a estrela do Momento. Sim, devemos usá-la, meus queridos amigos de todas as latitudes, de todos os recantos, de todas as categorias, torna-se imperioso e necessário seu uso em todo e qualquer ambiente. Parabéns a Máscara, ao seu uso que de uma forma ou de outra para o mundo, adiciona em nossas atitudes uma bela e necessária cor as nossas iniquidades e feiuras, o que nos leva certamente a batermos palmas, ao seu uso a querida é necessária Máscara, Estrela do Momento. Um abraço aos queridos colegas de nossa Academia de Medicina do Rio Grande do Norte.

 

 

Ailson GuedesMédico ortopedista

 

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