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A rápida deterioração da economia nos últimos trimestres levou o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o nível de 2011. É como se a economia brasileira estivesse permanecido estagnada desde o início do governo Dilma Rousseff. Os recentes indicadores econômicos divulgados mostraram que a recessão tem sido mais intensa do que os analistas previam. No terceiro trimestre, por exemplo, o PIB recuou 1,7% na comparação com os três meses anteriores. Foi a queda mais intensa para o período já apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o início da série histórica, em 1996.
Com a forte retração econômica, as projeções para o PIB deste e do próximo ano pioraram fortemente, o que deverá fazer com que a economia volte ainda mais no tempo. Para 2015, boa parte dos analistas espera um recuo de quase 4% do PIB. No ano que vem, a queda deve ficar em 3%. A retração da economia brasileira fica evidente no aumento do desemprego. Os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) Contínua – também calculada pelo IBGE – mostram que a taxa de desocupação no Brasil chegou a 8,9% no terceiro trimestre, a maior já registrada pela pesquisa iniciada em 2012. De acordo com o levantamento, a população desocupada chegou a 9 milhões, um crescimento de 33,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015.
A recessão brasileira se agrava porque há um clima de grande incerteza política no País, o que dificulta a saída da crise atual. Na semana passada, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, diversos analistas e empresários pediram publicamente uma definição do cenário o mais rápido possível para evitar uma piora ainda mais intensa da economia.

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