É SOBRE PELÉ? I – 

Na postagem que fiz sobre minha memória afetiva referente ao TRI da Copa de 70 (virou artigo no Diário de Pernambuco), destaco meu encantamento pela genialidade de Pelé, entre todos os craques que compunham aquela seleção. Fiz referência não só ao que fez em campo naquela Copa, mas ao fato de também ter contado com o privilégio de vê-lo jogando no Recife por duas vezes, antes da grande conquista do México.

Bem, logo depois de 70, ainda o vi jogar aqui umas duas ou três vezes, assim como, pude assisti-lo pela telona, nos velhos Trianon e Atlântico (o cinema do Pina), no documentário ISTO É PELE de Escorel e Barretão (Luiz Carlos Barreto). Aliás, como adendo a isso, ir ao cinema, para os apaixonados pelo Futebol, tinha também naqueles tempos um ato comportamental de chegar antes das sessões e daí maravilhar-se com o inesquecivel Canal 100 de Carlinhos Niemeyer. O som da música NA CADÊNCIA DO SAMBA (letra escrita em 1956 pelo pernambucano Luiz Bandeira e gravada de modo instrumental em 1957 por Waldir Calmon, que muitos a reconhecem como QUE BONITO É) era o preâmbulo dos melhores momentos daquela geração de ouro do futebol, nos quais os gols de Pelé, para meus registros mnemônicos, foram sutis toques de genialidade, tais como as obras de “da Vinci” ou as sinfonias de Ludwig Van Beethoven”. De fato, que bonito era… Mas, o que vale contar agora é que toda essas imagens que eu tinha de Pelé, seja no campo ou na tela da TV, como mero admirador da sua arte futebolística, tornaram-se um dia algo real. De repente, vi-me envolvido com fatos profissionais que me levaram até ele. E isso foi tão rápido, que se chegou ao ponto dele ser o homenageado dos 15 anos do nosso Festival de Cinema. Incrível: de simples fã e admirador até tê-lo ao lado, eis uma guinada que marcou minha vida.

Por fim, para quem gosta de boas coincidências, digo que os dois fatos mais importantes dessa história de aproximação, deram-se na mesma data. Justo no dia do meu aniversário, com 17 anos de diferença (a idade que ele se fez Rei lá na Suécia). Toda essa parte contarei no próximo capítulo.

https://www.instagram.com/p/CBvb-7qg_1Y/?igshid=1k9o5jkf8ocfq

 

 

 

Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador. Ex-Presidente da Fundação Joaquim Nabuco

 

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