NELSON FREIRE 1

Há exatos oito dias Natal viveu uma terrível experiência, que ainda não tinha visto antes. Em apenas 48 horas ela sofreu uma precipitação pluviométrica recorde de mais de 230 milímetros de água.

Uma verdadeira tromba d´água, um terrível e grande dilúvio. Tudo o que estava previsto para acontecer em um mês ocorreu em apenas dois dias. E os resultados desse fenômeno foram arrasadores.

A cidade ficou totalmente alagada. Muita gente viu suas casas invadidas pelas águas e uma grande parcela de famílias foi prejudicada, com a perda de móveis, eletrodomésticos e outros pertences.

Em Mãe Luiza aconteceu o pior. Na noite de sexta-feira um cano da Caern estourado na rua Guanabara acarretou um enorme deslizamento de terra molhada, num terreno entre dois edifícios de Areia Preta.

Água saindo do cano, chuva caindo sem parar em plena noite, tudo isso fez a situação ficar ainda mais feia. E a enorme quantidade de areia que se deslocou para a avenida Silvio Pedroza, fechou a via pública.

A partir do sábado os novos deslizamentos pioraram o dantesco quadro. Água e areia invadiram a praia e os edifícios Aldebarã e Infinity. Vinte casas da rua Guanabara ruíram, deixando famílias desabrigadas.

O pior dessa terrível história, é que ela tinha sido prevista. A Associação dos Moradores de Areia Preta já havia alertado para um possível desfecho assim. Mas infelizmente nenhuma providencia foi tomada.

Tanto quanto ela já alertou sobre os muros de contenção da beira da praia. Os que sustentam os calçadões de toda a Avenida Silvio Pedroza. Sem manutenção há anos, eles podem ruir a qualquer momento.

Vamos esperar que esse trágico acontecimento sensibilize as autoridades da área. Para que esses alertas possam doravante ser considerados. Até porque, sabemos: é melhor prevenir que remediar, como agora.

Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]

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