Jaécio Carlos*
Um dos mais bonitos movimentos que o povo brasileiro já produziu, reunindo políticos representativos em praça pública juntando milhões de vozes pedindo que as eleições, principalmente para presidente da República, fossem diretas. A cantora Fafá de Belém, com a voz estridente, cantava o Hino Nacional, seguido por vozes emocionadas . Um show. Aí o deputado Dante de Oliveira apresentou o projeto diretas Já e foi derrotado na Câmara, provocando uma frustração histórica, quase comoção nacional. Uma reinvidicação justa, permitida pelo presidente militar, João Figueiredo, autor de uma das frases de desabafo: “quero que o povo me esqueça”. Foi atendido.
Depois de algum tempo o presidencialismo foi aprovado e tivemos eleições diretas, com urnas eletrônicas. Um processo eleitoral vitorioso e rápido, sem igual no mundo, e fomos escolhendo nossos presidentes. Sarney sucedeu Tancredo Neves e criou a super inflação, depois veio Collor e o confisco da poupança, que o povo colocou no poder, depois tirou-o com impeachment. Assumiu o vice Itamar Franco arrumando as finanças do país ajudado por Fernando Henrique Cardoso, socialista, consolidador do plano que instituiu a nova moeda, o Real. Mas fez coisas desagradáveis, as famosas “maracutaias” termo inventado pelo sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva que o seguia de perto até ser eleito presidente, numa vitória esmagadora criando no povo a esperança de tornar o Brasil uma grande nação isenta de roubos, falcatruas, furtos, desvios de dinheiro público, etc…
Tudo de ruim que o governo FHC praticou, foi ampliado no governo petista, que desde 2002 manda e desmanda. Lula é um exímio negociador e líder carismático, mas não aproveitou a oportunidade de ser presidente e moralizar o país.
Vivemos momentos de muitas dificuldades com desemprego, desaceleração da economia, e muita roubalheira onde o dinheiro roubado poderia ser usado para melhoria em vários setores, como saúde, educação, segurança e outros segmentos da sociedade.
Está na hora de fazermos novos movimentos onde o tema principal poderia ser Parlamentarismo já. Com essa forma de governo dona Dilma seria destituída do cargo de presidenta, nem precisaria o povo ir as ruas pedir o seu impeachment (impedimento de continuar governando).
A eleição de 2014 que reelegeu-a, não foi auditada e suspeita-se de fraude mas ninguém fala nisso. A mentira venceu e “estamos pagando o pato” com dinheiro emprestado. É bom lembrar da música que Chico Buarque fez em homenagem ao período de poder dos militares, “vai passar”.
Jaécio Carlos – ublicitário e palestrante