VALÉRIO MESQUITA 1

Valério Mesquita

A minha pré-candidatura à prefeito de minha terra não tem patrão e nem irmão. Ela nasceu e cresce da vontade do povo que deseja se libertar do infortúnio e da fortuna dos atuais inquilinos do Palácio “Auta de Souza”. Avaliem a vergonha do espírito da poetisa. Daí ser necessário derrubar muros e semear reconciliações.

O meu nome é, apenas, uma opção e sem ambição de ser proprietário ou dono do meu partido. Porisso, é que a pré-candidatura pertence até agora, a um grupo já superior a uma dezena de agremiações diferentes que não votam em candidatos comprometidos com a corrupção, a perseguição política ou que bloqueiam as liberdades individuais e a cidadania.

Integro a Comissão Provisória do PMDB em Macaíba sem a arrogância de ser dela presidente por que disso não preciso. Essa renuncia ofertei em favor da ex-prefeita Marília Dias, por deferencia. São testemunhas o ministro Henrique Eduardo e o senador Garibaldi Filho. Política se exercita com equilíbrio e humildade. E como homem público não posso omitir nenhuma verdade.

Permaneço à disposição de dialogar com todos que sonham por um município mais feliz, próspero e liberto.

Não sou farinha do mesmo saco. Nunca respondi a processos nos tribunais do Rio Grande do Norte por improbidade administrativa. O meu ideário na vida pública sempre foi o de servir e não o de ser servido. Essa é a principal diferença que me afasta dos outros pleiteantes e seus associados. A minha trajetória por dezenas de cargos públicos ao longo de minha vida, nas áreas dos governos federal, estadual e municipal comprovam e atestam a minha capacidade. No mais, posso repetir o apostolo Paulo que “tudo posso Naquele que me fortalece”.

Sem ter afirmado, nem aos lideres do meu partido que era formalmente candidato, percebo a atitude anônima, do condomínio do poder municipal de buscar me atingir a qualquer custo. Sendo candidato ou não, a minha posição e atitude é uma só: irei competir se os conterrâneos e as lideranças partidárias assim desejarem, sem o atropelo de três ou quatro candidaturas. Se as oposições se dividirem perderão a eleição.

Por que Parnamirim e São Gonçalo se desenvolveram mais e Macaíba ficou atrasada, no campo da saúde, da segurança e da educação? Como pré-candidato e pela minha experiência de vida pública desejo debater e equacionar esses e outros problemas que afligem o município.

Quando estivemos à frente do comando administrativo, implantamos cinco conjuntos habitacionais, quando antes de 1970 não existiam nenhum, além de pavimentação e eletrificação de ruas e povoados. Construímos o hospital regional Alfredo Mesquita Filho e o Centro de Abastecimento Municipal. Restauramos o Solar do Ferreiro Torto e asfaltamos as RN estaduais Macaíba/Vera Cruz, Macaíba/São Gonçalo do Amarante, com o apoio do governo José Agripino. Implantamos o Centro Industrial Avançado (entre Macaíba e Parnamirim), no governo Garibaldi Filho, tendo sido o seu relator na Assembleia Legislativa além da instalação de uma Companhia Militar para a segurança da cidade. Conseguimos junto ao governo, a construção do CAIC Jessé Freire, além das escolas Pedro Gomes, Alfredo Mesquita e no interior de Macaíba: as de Traíras, Cana Brava, Mata Verde, Capoeiras e mais oito comunidades do interior.

O prefeito atual saiu à frente como candidato a reeleição pela terceira vez porque já tem para tal empreitada tudo estruturado. Centenas de cargos comissionados, a maioria parlamentar monitorada na câmara municipal e recursos públicos para obras e convênios. Todos estão animados porque o poderio é farto e fácil. Política é troca de favor, de emprego, de interesse, subserviência, etc. Por outro lado, para combater de forma eficiente e com resultados, torna-se imperativa a formação de uma aliança de partidos, de lideranças e de jovens que se rebelem e não tenham medo de ter medo. Não temam, não transijam, não se submetam. É a eterna luta entre o poder dominador e as pessoas livres e os cidadãos. O grupo que está aí, administrando Macaíba, já tem os erros e exageros enxergados pelo povo. O fato é que, para combatê-lo é preciso aglutinar, discutir, sem ambição de ser prefeito, vice, mas, acima de tudo, erguer uma bandeira unificada do sentimento nativista de macaibanidade, contra o sistema oficial que se apoderou, há dezesseis anos. E isso leva tempo. Mas, está escrito: “Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”.

Valério Mesquita  –  Escritor, presidente do HIGRN  –  [email protected]

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