DE POESIA –
1 – HUM
Quando as rimas se abrem
Os lábios se entendem 
Onde o sal e o açúcar se fundem
E um pouco ao salobro se sabem 
Escoltando intenção e escolha
Ao teu travo de mate e se atrevem
Num amargo sabor que lembra folha
2 – DOIS
É que eu sempre gosto
De ver a manhã te acordar
E de noite te por pra dormir
Mas é que eu não digo
Que no teu corpo
Minhas mãos adormecem
Que também eu queria
Quando teus olhos se abrissem
Se cegassem os espelhos
Nas chamas acesas que seguem
Todas escuridões que alumiam
Ser um morfeu um deus ateu
Qualquer e tocar teu calor
Clave de sol de minha lira
Pegar no sono eu queria
Estático indiferente ao tempo
Ter-te certa e repetida
Como nos relógios parados
Os ponteiros acertam as horas
Duas vezes por dia

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