CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

Carlos Alberto Josuá Costa 

“Tudo que você aprendeu até aqui trouxe você a esse momento”.

Essa sentença sempre martelou os meus neurônios, instigando-me a buscar constantemente novos conhecimentos. Afinal eu não queria estagnar no tempo e ficar com “aquela velha opinião formada sobre tudo”.

Não foi tão difícil dar o primeiro passo, pois lá nos primórdios, despertado pela enciclopédia “Tesouro da Juventude”, que meu pai nos apresentava como o elixir da sabedoria, passei a “passear” pelo mundo, nas páginas impregnadas de novidades.

Fui agregando visões de fatos e situações inesperadas para um jovem que tinha seus passos limitados pelas razões da época.

Nada tinha pressa. Era gostoso aprender em ritmo que possibilitava “sonhar” e viver imaginativamente uma coisa a cada momento.

Hoje, claro, são outros tempos!

A velocidade propulsora das novas tecnologias da informação faz com que, o tempo pareça consumir, de forma avassaladora, os instantes constituídos pelo “agora”, nos distanciando tão rapidamente do “ontem” e nos angustiando pelo “daqui a pouco”.

É como se as coisas acontecessem sem que sequer tomássemos consciência delas. Espaço e tempo se fundiram em nosso modo de pensar e agir, e já não sabemos aguardar qualquer desfecho, positivo ou negativo, sem indagar: pode ser agora?!

Vivemos tão “acelerados”, que algo mostrado em câmara lenta, parece uma eternidade. Nosso cérebro capta tudo rapidamente, a ponto de muitas vezes nos irritar: “pra que mostrar isso de novo!”.

Será apenas isso?

O tempo presente é para ser vivido intensamente. Mas, não só no ter, ter e ter. É preciso perceber o “agora” como um presente mesmo, com laços e adereços moldados por Deus.

Mas esse “agora” não é simplesmente nascido a cada instante. Ele tem uma tênue ligação com as atitudes, desejos e fatos que o precederam e, certamente possui um “gancho” para atrelar o futuro. É o que familiarmente denominamos – a linha do tempo.

Precisamos lembrar e, de forma consciente, perceber que carregamos uma alma. E ela precisa de harmonia para sobreviver às tempestades do presente. Sem esse acordo: desconectar-se, respirar, ouvir e sentir, provavelmente sucumbiremos à “tarja preta”.

É urgente que aprendamos a fechar os olhos, a aquietar o coração, a nos desligar das coisas terrenas e a buscar conexão com as coisas divinas. Lá está o bálsamo para os tempos de hoje.

Tal qual o corpo com os sais minerais e as vitaminas, nossa alma precisa nutrir-se da energia do amor.

Respire, agradeça, pergunte-se.

A vida tem uma forma própria de fluir e cabe a cada um de nós “não apressar o fluxo do rio”.

Quando atropelamos nossas ações com a ansiedade do urgente, pode ser que fiquemos “enganchados”, tal qual uma agulha num disco (lembram-se do LP?), repetindo a mesma nota, até exacerbar nossa frágil condição humana.

Atualizar-se no que diz respeito a ideias ou convicções, é preciso. Aprender a cada instante é necessário. Porém de forma organizada, seletiva, com intencionalidade, espontânea. Aí será possível perceber o quanto somos capazes de amealhar saberes, sem perder a ligação com os diversos tempos.

Dê um pouco de graça a sua vida, permitindo que a sua alma esteja sempre evoluindo com experiências significativas e com afetos profundos.

Daqui por diante, e sempre, dê assas ao seu espírito!

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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