Avião da Germanwings caiu numa região de difícil acesso, nos alpes franceses, onde equipes realizam buscas e recolhem corpos

O copiloto alemão Andreas Lubitz, que aparentemente provocou a queda de um A320 da Germanwings na terça-feira, esteve no hospital de Düsseldorf para um check-up médico, mas não recebia tratamento para depressão no local.  As consultas foram feitas em fevereiro deste ano e no dia 10 de março, informou ontem o hospital. Elas aconteceram para “esclarecimentos diagnósticos”, mas detalhes não podem ser revelados em razão das regras de confidencialidade, afirmou o hospital. “Relatos de que Andreas. L. era tratado de depressão em nossas instalações são, porém, errados”, disse a instituição.

Uma porta-voz disse ao Wall Street Journal que Lubitz esteve no hospital em razão de vários problemas físicos para os quais buscava diagnóstico. Ele não esteve no local para se tratar de depressão, disse ela, destacando que o hospital não tem clínica psiquiátrica, apenas uma unidade de neurologia.  O hospital entregou o arquivo médio do copiloto para os promotores de Düsseldorf.

Os promotores disseram na manhã ontem (27) que  Lubitz passava por tratamento, algo que aparentemente ele havia escondido de seu empregador. Em sua casa em Düsseldorf, a polícia encontrou um atestado médico rasgado que dispensava o copiloto de trabalhar no dia do acidente.  O promotor francês Brice Robin disse na quinta-feira que suspeita que Lubitz tenha trancado o piloto para fora, programado a descida da aeronave e permitido que ela se chocasse com uma montanha dos Alpes franceses a 400 milhas por hora, demonstrando “desejo de destruir o avião”.

O promotor Ralf Herrenbrueck disse ontem, em comunicado, que um atestado médico rasgado, que liberava Lubitz de trabalhar no dia do acidente, “apoia a avaliação preliminar de que ele escondeu sua doença de seu empregador e seus colegas.” Ele disse que durante as buscas na casa do copiloto não foi encontrado nenhum bilhete suicida ou qualquer motivação política ou religiosa para suas ações.

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