A conjuntura da geopolítica no Oriente Médio é tão complicada e principalmente na Síria, que é possível até mesmo os inimigos se unirem para combater um novo agressor que surge no meio deles. E tudo isso se encaixa a Turquia e aos curdos que querem criar o Curdistão e principalmente no palco da cena que é a Síria. Recep Tayyip Erdoğan, ditador turco, jamais pensou que cometeria tal erro, ele sempre teve os próprios sírios como apoio contra as forças turcas no território de seu país, bem como, na Síria e no próprio Iraque. No entanto, sua sede de poder pois tudo a perder em apenas um dia. O partido dos democratas do curdistão, geralmente abreviado como KDP, uniram-se ao exército de Assad, presidente sírio, logo após a retirada dos norte-americanos, iniciando no início desta semana, o caos sem precedentes com uma série de ataques, levando a centenas de vítimas fatais e pior do que isso, afugentou uma cidade inteira que tentava escapar do genocídio e este foi o erro fatal de Erdoğan que não imaginava que a fuga dos curdos em direção ao Ocidente, faria com que o governo da Síria tomasse uma atitude inesperada, se opor a Erdoğan. Politicamente falando até agora, mesmo não declarando, tinha interesse nas pequenas invasões e ataque que o presidente turco vinha promovendo na região Noroeste e Norte central, contra as forças do Estado Islâmico (EI). Já que o exército do presidente sírio estava totalmente concentrado em acabar com o terrorismo do EI, bem como em seus opositores, localizados na região central do país. Como é sabido os curdos durante décadas viveram na sombra da Síria, do Iraque e da própria Turquia, o seu sonho sempre foi fundar com território e soberania o Estado do curdistão, já que eles tem um povo também. O que os sírios pensavam ser uma “ajuda”, proveniente da Turquia, na verdade passou a ser uma grande ameaça. Diante dessa situação absurda, algo ainda mais inesperado aconteceu, uma reunião secreta entre o governo dos curdos e da Síria, levaram a um acordo que visa salvar a situação do caos completo, freais o ataque do exército da Turquia e esperar o apoio bélico da Rússia e sanções econômicas vinda dos EUA à Turquia, visto que a Síria está totalmente aniquilada face a guerra civil que perdura desde 2011.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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