1- No pôr do sol deste domingo (29) os judeus celebram o Ano Novo judaico,  o Rosh Hashanah, que marca o início do Ano Judaico de 5780 desde a Criação do Mundo, festejado com  muito mel, maçãs e romãs. Uma festa que, segundo a ortodoxia, comemora a criação do mundo, ao longo dos séculos e dos locais, o modo de celebrar o Rosh Hashanah foi variando, mas permaneceu na tradição de que o ano que chega seja doce, motivo pelo qual se come mel, maçã e romãs, bem como a cabeça do peixe. Tudo isso tem um significado, a maçã, por exemplo é o símbolo do pecado, do egoísmo, causado por Adão e Eva; o mel é para adoçar o ano que chega; e as romãs, por ser uma fruta bastante citada na bíblia e é um dos símbolos da fertilidade, uma vez que o fruto tem cerca de 613 sementes, segundo a tradição judaica, exatamente o número de mandamentos divinos que os judeus devem seguir. As romãs são consumidas nas festas para que todos tenham em mente os mandamentos, bem como para se procriar, lembrando que Deus disse: “crescei-vos e se multiplicai-vos”. O ano novo judaico é uma das festas mais sagradas do judaísmo e daqui há dez dias vem o terrível Yom Kipur, o dia do perdão ou o terrível dia, já que segundo a tradição é neste dia que Deus  julga  quem continuará na vida por mais alguns anos ou não. Então aqui da Terra Santa eu desejo a todos os judeus pernambucanos um Feliz Ano Novo, ou seja, um “Shana Tova” e aproveito o ensejo para dizer que o embaixador do Brasil o Dr. Paulo César Meira de Vasconcellos, juntamente com Kátia Ribenboim, funcionária da embaixada e pernambucana, pediram para enviar os votos de “Shana Tova” a todos os judeus pernambucanos.

2- O Egito vai receber de volta um sarcófago de ouro, avaliado em US$ 4 milhões, que havia sido roubado do país em 2011 e foi parar em uma exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York. As autoridades americanas propuseram a devolução quando souberam que o objeto havia sido roubado no ano da revolta contra o então presidente do Egito, Hosni Mubarak. O sarcófago de 1,80 metro de comprimento e banhado a ouro foi montado para a múmia de Nedjemankh, um alto sacerdote do deus Heryshef. De acordo com o site do museu, o sarcófago foi decorado com cenas e textos hieroglíficos destinados a guiar o líder religioso em sua jornada para a vida eterna. Uma investigação conjunta feita pelas autoridades dos Estados Unidos, Egito, Alemanha e França concluiu que o sarcófago foi roubado do Egito em 2011, na região de Minya, após a Revolução Egípcia. De acordo com o site da promotoria do distrito de Manhattan, os criminosos contrabandearam o objeto para fora do Egito e transportaram pelos Emirados Árabes Unidos, depois para a Alemanha, onde foi restaurado, e para a França, onde foi vendido ao Metropolitan Museum of Art em julho de 2017. Nos Estados Unidos, o sarcófago foi exibido ao lado de outros 70 itens da coleção egípcia. A exposição foi suspensa em fevereiro, quando a peça foi apreendida no museu e entregue ao procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr. Segundo Vance, o grupo internacional de traficantes que comercializou a peça é responsável pela venda ilegal de centenas de outras obras de arte. “A devolução de tesouros culturais roubados a seus países de origem está no centro de nossa missão de impedir o tráfico de antiguidades roubadas. Tenho a honra de repatriar esse artefato extraordinário de volta ao povo do Egito”, disse Vance à CNN. O Egito está construindo um novo museu, que deve ser aberto até o final de 2020. Lá, outro sarcófago de ouro deverá ser exibido: o do faraó Tutancâmon. A restauração da peça começou neste ano. O sarcófago e a coleção da tumba de Tutancâmon serão as peças centrais do novo Grande Museu Egípcio, que será aberto no ano que vem próximo às Pirâmides de Gizé.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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