A conjuntura política de Israel parece estar tomando um rumo com o encontro entre Benjamin Netanyahu, do Likud, e Benny Gantz, do Azul e Branco, se reuniram na noite dessa segunda-feira (23) com o presidente de Israel, Ruven Rivilin, para chegar a um acordo sobre quem será o próximo primeiro-ministro do país. De acordo com a imprensa israelense, eles teriam concordado com o sistema rotativo, isto é, em compor um governo de união, em que cada um seria primeiro-ministro por um período de dois anos. No entanto, não concordaram sobre qual deles assumiria o cargo primeiro. Diante do impasse, o presidente, Rivilin, deixou a reunião e Netanyahu e Gantz continuaram discutindo em sua ausência uma forma de compor o governo. Netanyahu e Gantz não conseguiram a maioria absoluta, então, agora a única possibilidade é a união dos dois, que aliás, é o que mais o presidente quer para o Estado de Israel. O impasse pra formação do novo governo, que culminou com a saída de Rivilin da reunião, tinha um Netanyahu querendo ceder apenas 1 anos de governo para Gantz e este exigiu no mínimo dois anos, os últimos do mandato. Mais cedo, o presidente consultou todos os partidos com representação no Knesset, o Parlamento israelense. Netanhyahu recebeu 55 recomendações e Gantz, 54, de acordo com o jornal “Jerusalem Post”. Para conseguir a maioria seriam necessárias 61. O partido dos árabes não foi unânime em apoiar Gantz. Outro aspecto fundamental é que estava se esperando que apoiaria Benny Gantz, mas este, surpreendentemente não apoiou nenhum dos dois e audaciosamente afirmou que nenhum dos dois precisa dele e que eles se unam e esqueçam os demais. Então, como se vê, nada está definido, embora já se saiba que há uma grande tendência para que os dois tanto Gantz, quanto Netanhyahu se unam e formem uma coalizão forte e duradora.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)