Mais um novo conflito na sofrida Idlib, que fica próxima a fronteira com a Turquia, deixou cerca de sessenta mortos, nessa terça-feira (27). Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), foram 29 mortos do lado das forças do governo e 31 do lado dos rebeldes jihadistas. Mas esse número é maior, porque a contagem não incluiu os 10 civis que morreram nos bombardeios. Os ataques coincidem com a viagem do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a Moscou, onde ele se reuniu com o colega russo Vladimir Putin. Entre outros assuntos, os dois abordaram a situação em Idlib. Parte da província de Idlib, bem como os setores das províncias de Aleppo e Latakia estão sob controle dos jihadistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda) e de outros grupos rebeldes pró-Turquia. Tudo isso vem ocorrendo, mesmo que tenha acontecido um acordo para uma zona desmilitarizada, negociada pela Rússia e Turquia, com o objetivo de separar as forças leais ao regime de Bashar  al Assad e os insurgentes. Desde o fim de abril, os bombardeios de aviões sírios e russos mataram quase 900 civis em Idlib, segundo o OSDH. Mais de 400 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, informou a Organizações das Nações Unidas.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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