O chamado “plano do século” foi oferecido pelos EUA com intuito de salvar o povo palestino do caos econômico. Mas os palestinos já decidiram boicotar a reunião, após constatarem que uma menção ao fim da ocupação israelense não constava na abordagem de questões políticas. Tudo isso aconteceu nessa terça-feira (25), e foi apresentado pelo conselheiro do presidente norte-americano, Donald Trump, e também seu genro, Jared Kushner. Kushner disse que os EUA não abandonaram os palestinos, “Aceitar um caminho econômico é um condição prévia para resolver as questões políticas sem solução até o momento”, afirmou o conselheiro norte-americano. “Mas devemos ser claros: o crescimento econômico e a prosperidade para o povo palestino não podem ser alcançados sem uma solução política justa e duradoura que garanta a segurança de Israel e respeite a dignidade do povo palestino”, complementou Kushner. Mas não é assim que os palestinos entendem a situação, consideram a abordagem econômica totalmente inoportuna sem uma solução das questões políticas antes do acontecimento. Para isso, os palestinos pedem o fim da ocupação israelense para formar um Estado independente. Embora as questões políticas não devam ser abordadas durante os dois dias de trabalho em Manama, Kushner reconheceu que deveriam ser tratadas posteriormente. O aspecto muito atrativo desta tentativa foi a divulgação de que o governo norte-americano tentará levantar uma quantia de 50 bilhões de projetos de infraestrutura, educação, turismo e comércio para os palestinos. Para incentivar essa tentativa, Bahrein e a Liga Árabe reiteraram os seus compromissos de entregar cem milhões por mês aos palestinos, mas não especificaram de que maneira. Tudo isso viria em boa hora, porque os EUA congelaram a ajuda de U$ 500 milhões, bem como inúmeras decisões em favor de Israel, logo seria um bom motivo para uma aproximação e uma solução pacífica para os dois países.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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