O ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, morreu nessa segunda-feira (17), pelo que se sabe até o momento, ele estava respondendo ao juiz e durante o interrogatório se sentiu mal e veio a óbito. Morsi estava preso desde 2013. Ele ainda foi levado a um hospital, no entanto ao chegar lá, sua morte foi constatada. Mohamed Morsi foi eleito depois da Primavera Árabe, democraticamente eleito no Egito, mas o povo logo se arrependeu de seu voto, pelo caos que o país se tornou, o exército promoveu um golpe militar e Al-Sisi tomou posse e rege o país árabe até os dias de hoje. Ex-presidente Morsi a princípio tinha recebido uma pena de morte e posteriormente retificada para prisão perpétua, no entanto, as duas penas anteriores foram anuladas e ele, por fim, recebeu uma condenação de 45 anos de prisão pelos dois casos em que fora acusado. O primeiro por espionagem a favor do Catar e o segundo por incitação contra o governo do então presidente do Egito, Muhammad Mubarak. Quando Morsi assumiu a presidência egípcia, Israel ficou muito preocupada com a paz entre os dois países já que ele era muito ligado ao Hamas. Enquanto esteve preso, Morsi era mantido em solitária durante 23 horas por dia e as condições da prisão eram semelhantes a de tortura e poderiam levá-lo a morte, principalmente porque ele já tinha um histórico de problemas de saúde, era diabético e teve problemas no fígado e nos rins. Mori tinha um forte apoio do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan Erdogan, que por sinal, de imediato, após saber da morte do colega, prestou homenagem chamando-o de “mártir”. Ontem (17) a noite a Irmandade Muçulmana reagiu a morte, dizendo se tratar de um assassinato e convocou egípcios para participarem em massa para o funeral do político. O governo egípcio decretou estado de alerta na província em que o ex-presidente será enterrado. Por outro lado a anistia internacional já pediu uma investigação justa e transparente da morte de Mohamed Morsi.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)