Sem dar trégua ao governo do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, milhares de pessoas estão indo as ruas das grandes cidades, como Tel Aviv, Haifa e Israel, para protestar contra a reforma do sistema judiciário, prometido pelo novo governo.

A oposição israelita teme a retirada de poder dos tribunais e a interferência na seleção de juízes, quando o próprio Netanyahu é réu em uma investigação por corrupção.

Sem dúvidas, essas são as maiores manifestações, desde que Benjamin Netanyahu voltou a ocupar a chefia do governo, em 29 de dezembro, após tirar o poder ser retirado do poder em 2021.

Ontem, cerca de 250 mil manifestantes, dados da polícia, se reuniram na praça em frente ao Parlamento para protestando para que não votassem a reforma. Uma vez que essa reforma tiraria boa parte do poder do judiciário e daria ainda mais poder ao parlamento, parlamento este onde, atualmente, a extrema direita é maioria, a oposição está chamando a proposta de traição a democracia do povo de Israel.

Caso a reforma seja feita, Benjamin Netanyahu, primeiro ministro, e um outro parlamentar da extrema direita, deixariam de ser julgados pelos juízes da Supremo Tribuna, para que os parlamentarem votassem, no sentindo de absorver Netanyahu, bem como permitir que o outro parlamentar pudesse exercer as funções ministeriais, mesmo que este tenha sido condenado no passado. Toda essa manobra está indignando o povo de Israel.

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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