Um fato inédito no mundo aconteceu durante essa guerra entre Rússia e Ucrânia, um soldado ucraniano foi atingido por uma granada, que ficou alojada em sua cavidade torácica e por sorte não foi detonada, conseguiu realizar uma cirurgia para retirá-la. A granada em questão assemelhava-se a uma bala de rifle, disparada em até 400m de distância, ela perfura e após vinte segundo explode.

Para a sorte do soldado ucraniano a granada não explodiu e os médicos militares ucranianos realizaram com sucesso uma cirurgia delicada. Este procedimento inédito foi relatado pela vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, que o descreveu como um “choque”. E também foi um milagre, uma vez que a granada ficou alojada muito próxima ao coração.

Ela acrescentou que a granada foi recuperada sob a supervisão de dois especialistas militares em explosivos. Eles garantiram a segurança da equipe médica e deram instruções sobre como manusear o explosivo para evitar que ele explodisse.

O médico que comandou a cirurgia foi o cirurgião militar Andriy Verba. O médico de 57 anos é considerado um dos mais experientes do exército ucraniano. A cirurgia teve que ser modificada por questões de segurança – a eletrocoagulação, procedimento padrão para cirurgia cardíaca que estanca o sangramento, não foi usada para evitar que a corrente elétrica detonasse a granada.

A granada de fragmentação russa VOG que estava alojada no corpo do soldado tem 4 centímetros de diâmetro e pesa 275 gramas.

As granadas VOG foram desenvolvidas pela primeira vez na União Soviética na década de 1960. Elas são utilizadas em ação de combate com diversos tipos de lançadores de granadas e possuem alcance de até 400 metros.

Os militares ucranianos relataram que essas armas foram usadas contra eles desde o início do conflito no leste da Ucrânia em 2014, incluindo o lançamento a partir de drones não tripulados.

Este é o primeiro milagre que acontece, já que um militar ucraniano escapou com vida.

Um conselheiro do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, escreveu em suas redes sociais, citando fontes militares ucranianas: “Sobre este paciente, posso dizer que ele nasceu em 1994, agora ele será enviado para reabilitação, sua condição é estável.”

“Acho que este caso vai acabar nos livros de medicina”, acrescentou Gerashchenko.

O nome do militar ucraniano que estava com a granada alojada no tórax não foi citado.

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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