1- O novo governo de Israel tomou posse nessa quinta-feira (29) no parlamento israelense (Knessed). Ele foi feito através de uma coalizão, a mais extremista da história do país, chefiada por Benjamin Netanyahu como Primeiro Ministro.

O novo executivo é resultado das eleições antecipadas, realizadas em novembro, é uma coligação governamental entre o Likud (partido do premiê) e outros três de extrema direita, somando-se ainda mais dois partidos religiosos de ultraortodoxos.
A união desses partidos garantiu a maioria no parlamento, isto é, 64 das 120 cadeiras.

Não houve outra escolha ao presidente, Isaac Herzog, senão dar a Netanyahu a possibilidade de formar o parlamento, coisa que ele o fez com folga.

O processo da formação da coalizão pode ter terminado, mas as sequelas ficaram, sobretudo no partido do premiê, o Likud. Benjamin Netanyahu precisou dar pastas ministeriais aos partidos da coligação.

Um dos partidos de ultraortodoxos, o Shas, apresentou um projeto de lei; que eu resumiria como sendo uma emenda a lei básica de Israel, uma vez que aqui não existe Constituição; para que o partido pudesse receber uma pasta ministerial. O partido estava impedido de assumir um posto em um dos ministérios, por ter sido condenado por corrupção no passado.

O presidente israelense, Isaac Herzog, convocou para uma reunião o político extremista Itamar Ben-Gvir, futuro ministro da segurança nacional para externar suas preocupações. Herzog está receoso com as propostas da extrema-direita no pacto que permitiu a formação do governo de coligação, sobretudo no âmbito internacional, que podem trazer sérias consequências a Israel.

2- Nessa quinta-feira (29), os meios de comunicação de Israel foram unânimes em parar tudo que estavam fazendo e noticiar a morte do rei do futebol, Pelé.

Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, foi rei de todos os tempos. Desde a criação do futebol nunca houve um jogador mais completo que ele, de acordo com a imprensa israelense.

Todo israelense que tenha nascido até o ano de 1970, tinha a convicção de que Pelé foi a estrela máxima do futebol mundial.

Um o jornal mais lido no país, o jornal Yedioth Ahronoth, colocou sua manchete com os dizeres: “Se não houvesse Pelé, não haveria Messi e nem (Cristiano) Ronaldo”. Para muitos atletas, o brasileiro, rei do mundo do futebol, abriu as portas para que esses atletas pudesse se tornar porta-vozes de uma marca ou de sua própria marca, ou seja, a marca Pelé, por exemplo.

Deixemos de lado os mais de mil gols que Pelé fez ou até mesmo as três conquistas da Copa do Mundo, em três décadas distintas. Maradona e Messi, os argentinos, seus principais concorrentes ao título de melhor jogador da história podem ter sidos mais virtuosos, mas nenhum deles foi recebido como Pelé. Os homem os olhavam como as meninas, de outrora, olhariam para os Beatles.

Quase 80 mil espectadores rugiam para ele em seu jogo de despedida no New York Cosmos, time de futebol dos EUA. O brasileiro estava em ótima forma e jogava muito bem, sim senhor. Aos 82 anos de idade, muitas empresas ainda o procuravam a sua marca a ele.

A saúde do Rei do Futebol continuava boa, muito melhor do que de muitos atletas mais jovens do que ele. Pelé conseguiu manter seu status de ídolo até o dia de sua morte.

Ele soube parar no ápice de sua carreira e, segundo Yedioth Ahronoth, quem chegou mais perto de Pelé, neste aspecto, foi o pugilista norte-americano, Muhammad Ali, mas longe da marca do nosso rei.

O jornal israelense também disse que os EUA devem muito ao Pelé, porque foi ele quem realmente introduziu o futebol por lá.

O que ninguém entende é como alguém que jogou o melhor futebol do mundo, ganhou tão pouco em relação as estrelas atuais como Mbappé, Messi e Cristiano Ronaldo.

Por último o jornal disse que dentro de campo ele era duro e feito de aço, mas quando o apito soava, ele era sempre humilde, muito charmoso e uma das pessoas mais amadas em todos os cantos do mundo.

Israel, pelo menos, não acredita que existirá outro Pelé no futuro.

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *