1- A última onda da omicron em Israel, que por sinal foi a quinta, chegou a contaminar 85 mil pessoas por dia. E os cientistas acreditaram que seria a última, já que as principais vítimas foram as pessoas não vacinadas, que ainda acreditavam na imunidade de rebanho.

A partir de fevereiro o número de contaminados foi caindo rapidamente e no início deste mês apenas 146 pessoas estavam hospitalizadas. Mas, ainda sim existiam cerca de 3 mil pessoas, em média, contaminados diariamente. Acreditava-se que até o final deste mês de março Israel estaria livre do novo coronavírus.

Contudo, ao invés dos casos diminuírem e zerarem o número de infectados pela covid-19, a coisa começou a crescer novamente. E ontem (20), Israel chegou a ter 10.600 novos casos, trazendo uma nova perspectiva de mais uma onda no Estado judeu.

A pergunta que os israelenses fazem uns aos outros é se isso veio para ficar e se teriam de aprender a conviver com a tal doença, transformando assim a pandemia em endemia?

2- No último sábado (19), a Rússia disparou um míssil conhecido como hipersônico contra um depósito de armas ucraniano. Porém, qual seria o objetivo desse disparo? De acordo com os analistas israelenses, não havia necessidade de enviar um míssil tão caro, para uma distância de apenas 100km, senão pra avisar as grandes potências adversas que a Rússia dispõem também desta arma fatal.

O míssil hipersônico pode atingir um alvo a até 2.000 km de distância e pode voar mais rápido que 6.000 km/h. A prova de que os analistas israelenses estão certos é que Putin, presidente russo, se gabou em dizer que seu país estava liderando o mundo em mísseis hipersônicos, que são difíceis de rastrear porque podem mudar de direção em pleno voo.

“É um sinal de exibicionismo. Mesmo que seja usado, devemos considerá-lo como um evento isolado, porque a Rússia não possui um grande número desses mísseis”, diz Dominika Kunertova, do Centro de Estudos de Segurança de Zurique, na Suíça.

O líder russo apresentou o Kinzhal (míssil hipersônico) quatro anos atrás como uma de uma série de armas “invencíveis” que, segundo ele, escapariam das defesas inimigas. Os outros mísseis hipersônicos são o Zirkon e o Avangard, ambos mais rápidos e com alcance muito maior.

O Kinzhal pode transportar uma ogiva nuclear, bem como uma ogiva convencional e relatórios recentes dizem que caças MiG-31 foram enviados para Kaliningrado, deixando inúmeras capitais europeias ao seu alcance. Não há indicação de onde o ataque ao depósito de armas foi lançado.

Tudo isso somando não resta dúvida que é um sinal para o Ocidente, porque Putin está irritado com o fato da OTAN insistir em cercar a Rússia com armamentos.

 

 

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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