No último sábado (27), o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, telefonou para o presidente russo, Vladmir Putin. O diálogo durou em torno de vinte e cinco minutos, e Bennett se comprometeu a falar com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, a fim de negociar a paz.

A delegação russa já se encontrava na cidade de Gomel, na Bielorussia, fronteira com a Ucrânia. Na madrugada dessa segunda-feira (28), a comitiva ucraniana chegou e eles decidirão se os diálogos vão ser em Minsk, capital bielorussa ou em Gomel.

Enquanto isso as batalhas continuam, a Rússia vem cercando a Ucrânia. Por outro lado, os ucranianos bravamente combatendo com os russos, inclusive surpreendendo a todos, uma vez que o combate bélico seria entre Israel e Palestina.

Ao entrar no quinto dia de guerra, a ajuda que a Ucrânia recebeu até o momento foi de U$ 350 milhões dos EUA, 500 mísseis da Alemanha, mas lançadores de foguete; fala-se também que a União Europeia dará alguns caças para melhorar a força aérea ucraniana, que inclusive teve aviões abatidos.

Entre um dos aviões abatidos estava a maior aeronave do mundo, Antonov-255 Mriya foi destruído em terra por ataque russo. A sua recuperação está calculada em 3 bilhões de dólares e levaria muito tempo.

Diante de todo esse cenário, o valor da moeda russa caiu 30% em relação ao dólar, nos últimos dez dias. Isto quer dizer que a pressão europeia vem funcionando, principalmente por ter congelado metade das reservar do banco central russo.

Putin, presidente russo, ao se sentir acuado, ordenou que a força nuclear do país fique em alerta. Ou seja, o líder de estado da Rússia disse ao seu ministro da defesa e ao chefe do estado maior das forças armados que pusessem as forças de dissuasão nuclear em regime especial de combate.

Obviamente que nenhum especialista em geopolítica cogita uma guerra nuclear, mas sim a demonstração de Putin ao mundo de explicar a lentidão de um ataque que se presumia muito fácil para Rússia. Mas tudo esta sendo pensado com cautela para evitar a morte de inocentes.

Por fim o que mais impressiona são as filas de mais de 15km de crianças sem pais nas fronteiras, enfrentando um frio de 0ºC, desconforto e noites mal dormidas, para poderem sair da Ucrânia.

Estima-se que cerca de meio milhão de pessoas deixaram o país, gerando a solidariedade do mundo inteiro. No último domingo (27), várias manifestações em diversos países do Ocidente foram realizadas, inclusive aqui em Israel, com mais de 10 mil participantes em frente a embaixada da Rússia.

 

 

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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