Nesta terça-feira, 28 de abril, Israel estará comemorando não apenas sua criação, pela passagem do Dia da Independência, como também a vitória parcial no combate ao novo coronavírus. Os números são animadores, embora repletos de dor e perdas de entes queridos. Até o momento, foram quinze mil infectados e duzentos mortos, o mais importante é que esses número só cresceram até dois meses, desde que o primeiro caso fora confirmado, há quarenta dias que a curva exponencial vem estagnando, proporcionando assim o fim do confinamento há uma semana, com exceção das escolas. Hoje eu quero falar dos trinta anos que vivo aqui e comparar o que eu deixei no Brasil em 1989 e o que encontrei aqui, bem como o que existe nos dias atuais aqui como no Brasil. Eu começaria com o aeroporto que encontrei no antigo Ben Gurion, era um edifício acanhado com uma única pista para pousos e decolagens. Atualmente o moderno aeroporto internacional de Tel Aviv, tem três pistas para opções de chegada e partida dos aviões e em breve o terminal número 4 trará mais novidades futuristas. Desta maneira, número de hotéis triplicaram no país e em algumas cidades este número cresceu sete vezes, como é o caso de Eilat, Tel Aviv, Jerusalém e Tiberíades. No que diz respeito às estradas que antes era uma via para cada lado, hoje são autoestradas europeias na acepção da palavra, quatro ou cinco vias em cada direção. Já as indústrias se proliferaram de forma impressionante e o desemprego em Israel era insignificante até o surgimento do novo coronavírus. Aqui toda cidade tem um ótimo sistema de saúde e muito bons hospitais, por sinal, desde a minha emigração para Israel, a única diferença nesse aspecto é que o crescimento dos hospitais acompanhou a proporção do aumento da população. Os transportes públicos também saíram dos modestos ônibus, para uma excelente malha ferroviária, trens dos mais altos padrões existentes. Então, entre vários aspectos que possa se avaliar o progresso, sinto que o Brasil parou no tempo, aumentando tão somente a população, sem construir as obras necessárias para a atualidade, com exceção dos aeroportos e inúmeros edifícios, formando uma verdadeira selva de pedras em várias metrópoles. Assim sendo, entendo que sou parte viva que prova pela vivência de trinta anos de um país que era praticamente só terra seca há 72 anos atrás e mesmo com todas as adversidades, climáticas e de relacionamentos diplomáticos com os seus vizinhos, Israel é um exemplo para o mundo.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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