O Covid-19 vem surpreendendo no Oriente Médio, realizando que o homem não tinha conseguido até o momento, pois, não se escuta um tiro de arma de fogo entre a Turquia e a Síria, ou entre a Arábia Saudita e o Iêmen, e principalmente entre a Palestina e Israel. O que mais impressionou foi a reviravolta na política israelense, Benny Gantz abdicou de tentar formar um parlamento, concedida pelo presidente, Reuven Rivlin, e decidiu juntar-se a Benjamin Netanyahu, para formar um governo de coalizão forte. Sua justificativa: “em tempos inéditos, se pedem pedem decisões inéditas”, assim, Gantz se lançou candidato a presidência do parlamento e anunciou que atuaria por um governo de união nacional, diante da ameaça do novo coronavírus. Ele lembrou também que já fazia mais de um ano que a política estava bloqueada por três eleições legislativas e as portas se abrem agora para um acordo com o seu maior rival, o conservador Benjamin Netanyahu, que segue como Primeiro Ministro e é acusado de corrupção pela justiça. Aliás, Gantz foi elogiado pelo Ministro da Defesa, Naftali Bennett, que disse que a corajosa decisão de Benny Gantz só irá trazer benefícios para Israel, que atravessa um péssimo momento. Por sinal, são 3 mil casos e 10 mortos, em decorrência do Covid-19, que embora Israel esteja em isolamento completo, funcionando apenas os órgãos essenciais, o novo coronavírus vem se propagando de uma forma galopante, a sorte de Israel é ter recursos financeiros e uma medicina muito eficiente, evitando assim mais tristeza para o povo judeu. A grande pergunta aqui é, o que será da economia dentre de três a quatro meses?
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)