Aqui em Israel o coronavírus continua atacando mais a economia do que as pessoas e até o momento, graças a Deus, ninguém morreu e embora a dois meses e meio o vírus tenha chegado a Israel, as medidas tomadas pelo governo vem surtindo efeito e até o momento só 680 pessoas foram infectadas e apenas uma idosa de 91 anos encontra-se em um estado muito difícil. Isso significa que a atuação dos médicos vem sendo eficiente muito dedicada, pelo que a população ontem às 18h (horário de Israel), saiu as janelas dos seus edifícios, bem como das portas de suas casas, para promover um “panelaço” (sem a menor ideologia política) de agradecimento, àqueles profissionais que se dedicam tanto a vida humana. Por sinal o que está chamando mais atenção do que o “panelaço” israelense é a trégua improvável com os palestinos, com o intuito de combater a disseminação do coronavírus na Terra Santa. Nas últimas três semanas os representantes dos dois lados tem se encontrado para coordenar as medidas em um escritório de monitoramento conjunto, cujo o endereço é mantido em segredo. Desta maneira, Israel já anunciou que enviará 20 toneladas de desinfetante para Cisjordânia, além de 400 kits para realização de teste de detecção do coronavírus e outros 500 kits de equipamentos de proteção para equipes médicas e as forças de segurança palestinas. Israel também construirá um hospital na fronteira com a Faixa de Gaza, para que os palestinos também possam manter seus empregos no país, todavia, com a rotina diferente, já que os palestinos terão de continuar em Israel e não vão poder retornar as suas casas no mesmo dia, porque as fronteiras com Palestina será fechada a partir de hoje, logo eles permanecerão em território israelense, pelo que deverão ser hospedados pelos empregadores, cerca de dois meses, em residências temporárias. Essa medida tanto ajuda os trabalhadores palestinos, como a economia israelense que está praticamente parada. Na última quarta-feira (18) o presidente Israelense, Reuven Rivlin, telefonou para Mahmoud Abbas, para falar sobre os efeitos do coronavírus e obviamente reaproximar os dois países. Na Palestina há quarenta e quatro doentes, infectados pelo coronavírus, com a maioria dos infectados na cidade de Belém, onde há a Igreja da Natividade, já na Faixa de Gaza não há indícios de contaminação e o Hamas aproveitou para continuar sim fechando a fronteira com o Egito. O melhor disso tudo é que a maioria dos israelenses acredita que quando houver necessidade, o governo deve traçar medidas preventivas para ajudar o povo palestino, durante está epidemia ou qualquer outra necessidade humanitária.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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