Israel certamente está vivendo o carnaval mais triste da história do país, pois a festa bíblica do Purim, que é a comemoração do milagre em que o povo judeu seria morto pelos persas e o rei Assuero ao descobrir que suas esposa também era judia revogou a decisão de matar o povo judeu. hoje em dia o Purim se transformou em um verdadeiro carnaval, voltando especialmente para as crianças que se fantasiam e saem as ruas se divertindo, distribuindo doces, chocolates e bombons. Porém este ano o coronavírus não permitiu e o governo cancelou a festa para evitar aglomerações e consequentemente, risco maior de contaminação. O pior de tudo é que o coronavírus está acabando com a economia de Israel e os efeitos já são visíveis, como por exemplo, demissões em massa, principalmente no ramo da aviação, no aeroporto mais de 2 mil pessoas já foram demitidas, em um dos principais aeroportos do país, o Ben Gurion, foi fechado. Os demais aeroportos funcionam apenas com 30% de sua capacidade. As companhias aéreas também estão em pânico, bem como os hotéis e restaurantes, some-se a isto tudo, ainda o transporte público comum, que está sendo evitado, e a bolsa de valores que sofreu uma grande queda, embora tenha se recuperado um pouco; o único fato positivo, se é possível dizer, é que não há relatos de mortes em decorrência desse novo vírus, embora já sejam 90 mil pessoas em isolamento. Se as coisas continuarem nesse ritmo, tudo indica que o país estará parado na páscoa judaica que será celebrada no próximo dia 8 de abril, indo até o dia 15, tudo isso para diminuir os riscos de contaminações e trazer um melhor controle sobre esta pandemia. Em síntese é possível ver o semblante de preocupação, bem como decepção, pelos inúmeros cancelamentos de viagem nesse período de feriado, das famílias ao se andar nas ruas.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)