O Oriente Médio vive um momento muito difícil, muitos analistas já preveem uma nova e grande guerra catastrófica entre o Irã e os EUA. O presidente Norte-americano, Donald Trump, ordenou a morte do general Qassem Soleimani, comandante das forças de elite iraniana. Ele se encontrava próximo ao aeroporto de Bagdá, seu veículo foi atacado por dois mísseis disparados por drones a mando da força aérea dos EUA, que também matou o número 2 da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque. Tudo isso ocorreu como uma resposta ao que aconteceu a embaixada norte-americana em Bagdá, os EUA acusaram os iranianos de incitar os iraquianos contra o povo americano. O irã por meio do antigo líder da guarda revolucionária, Mohsen Rezaee, afirmou que Soleimani será vingado e de forma terrível. Nesse ataque cinco outros pessoas morreram, entre elas o chefe de relações públicas, Mohammed Ridha Jabri. Essa nova escalada de violência que já havia começado na última sexta-feira (27), onde mais de 30 foguetes foram lançados a uma base militar iraquiana no Norte do Iraque, pode se transformar realmente em uma grande guerra, como aconteceu contra o Iraque, pois os EUA já vão enviar mais tropas para região, trazendo de imediato um grande alerta para Israel, que inclusive, Benjamin Netanyahu, se encontra na Grécia para firmar acordos comerciais de venda de gás para Europa, já anunciou que abreviará sua estada, retornando hoje (03) para Israel, pois é evidente que se realmente ocorrer uma guerra de fato entre EUA e Irã, os alvos dos mísseis iranianos serão o Estado judeu, como foi em 1990, na guerra contra o Iraque. O que é certo é que a morte do general  Qassem Soleimani, vai trazer um grande impacto no momento de escalada de tensão entre os dois países, porque o líder era um dos homens mais poderosos do país persa, apontado pelos analistas como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do Irã. Ele era também muito próximo do líder supremo o aiatolá Ali Khamenei (que sobreviveu a diversas tentativas de assassinato nas últimas décadas). Aqui em Israel a perguntar é: “Como o Hamas se comportará?” no sul do país, bem como o Hezbollah, que são alimentados pelo Irã. Por enquanto a única medida que Israel tomou foi cancelar a estação de esqui que fica próximo a fronteira com a Síria e o Líbano e pedir aos turistas que ali cheguem para esquiar.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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