Conforme já havíamos anunciado que o Governo Brasileiro inauguraria um escritório comercial na cidade de Jerusalém, embora a ideia inicial fosse a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para a capital de Israel (Jerusalém). Após várias consultas, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás porque criaria um clima desagradável aos árabes e seguramente implicaria no comércio brasileiro com esses países. Para não ficar em uma situação delicada com Israel, o escritório brasileiro foi aberto nesse domingo (15), dando a entender que é o primeiro passo para a transferência da embaixada. O Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esteve presente juntamente com o deputado federal e filho do presidente brasileiro, Eduardo Bolsonaro. O escritório será administrado pela agência brasileira de promoção de importações que é vinculada ao Ministério de Relações Exteriores. O local terá apenas três funcionários e será comandada pela analista de comércio internacional Camila Torres Meyer. Pelo espaço, o governo brasileiro vai pagar mil e seiscentos dólares mensais, o equivalente a R$ 6.800,00. Assim, chegamos a conclusão que a abertura do escritório em Jerusalém foi uma saída diplomática para o embaraço gerado com países árabes, após Bolsonaro ter manifestado publicamente a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, gerando a indignação dos árabes, uma vez que eles também consideram Jerusalém Ocidental como capital do futuro Estado Palestino, enquanto Israel considera a Cidade Santa como sua capital eterna e indivisível. O que chamou atenção, entretanto, foi a presença do Primeiro Ministro, que normalmente para solenidades desse tipo mandaria apenas um representante, isso mostra a importância dada por Israel a uma possível transferência da embaixada brasileira para Jerusalém.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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