O mundo todo está cada vez mais convicto de que a tentativa de golpe de uma facção do exercito turco, foi muito mal planejada e sabida pelo próprio presidente do país, que aproveitou a ocasião para fazer uma limpeza na oposição do seu governo. Seja dentro das Forças Armadas, no Judiciário e até mesmo na imprensa, onde um decreto publicado no Diário Oficial da Turquia ordena o fechamento de 45 jornais, 16 emissoras de tevê e 23 estações de rádio. As autoridades turcas também mandaram esta semana 47 mandados de prisão para antigos executivos e jornalistas de um jornal, como parte da investida contra suspeitos de apoiarem o clérigo que vive nos Estados Unidos, acusado de ser o mentor do golpe. Até agora 1.664 militares foram demitidos, dentre eles 149 generais e almirantes, sendo 87 do Exercito, 30 da Aeronáutica e 32 da Marinha, trazendo uma grande preocupação ao grupo de Defesa dos Direitos Humanos da Anistia Internacional, que afirma que há provas concretas de abuso e tortura contra os detidos. Entretanto o que mais vem intrigando o mundo ocidental é que o presidente turco defende a pena de morte, o que acarretaria num derramamento de sangue ainda maior.
Mario Roberto Melo – Correspondente especial do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv