MARIO ROBERTO MELO

1 – Depois de alguns dias de ausência, volto hoje com satisfação a escrever novamente nesse nosso espaço Conexão Expresso Oriente. E começo informando que três dias atrás a bandeira israelense foi baixada do alto do mastro e ficou a meio pau, lembrando o Holocausto. Foi o dia do luto nacional pela perda de seis milhões de judeu, mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Na cerimônia em lembrança ao ocorrido, estiveram presentes o presidente israelense, o primeiro ministro e muitas outras autoridades do estado Judeu. Já faz 71 anos do momento em que os soviéticos chegaram ao maior campo de concentração nazista na Polônia e libertaram os sobreviventes daquele campo mortífero. O presidente falou em cadeia nacional de televisão diretamente do Museu do Holocausto, em Jerusalém, e pediu perdão aos sobreviventes, pelo Mundo não ter feito o suficiente para evitar o sofrimento de milhões de pessoas. Ele disse ainda que o anti-semitismo e a perseguição aos judeus não é novidade, mas sim uma patologia difícil de se combater. Adiantou que os judeus estão bem preparados e tem um estado forte exatamente para isso. Por sua vez, o primeiro ministro disse que é o mínimo que pode ser feito é dar mais dignidade aos sobreviventes, com melhor aposentadoria e moradia confortável, para que essas testemunhas que viveram no inferno possam ainda relatar aos mais jovens o que eles passaram. Com o intuito de fazer com que os judeus fiquem sempre em alerta, para que o Holocausto não se repita jamais.

2 – O afastamento do deputado Eduardo Cunha foi destaque na imprensa israelense. O povo judeu está sem entender nada. Porque, se por um lado ele ficou contra Dilma, tida como a vilã do momento, e que poderá ser afastada pelo Impeachment, ou até mesmo renunciar, vem agora o STF e afasta esse deputado das funções, uma vez que ele vem conturbando o ambiente na Operação Lava Jato. Logo, o israelense está sem entender quem é o cordeiro e quem é o lobo dessa triste realidade brasileira. Foi lembrado também que a Olimpíada está próxima e o país está sem direção definida, o que traz uma séria preocupação internacional, principalmente no que toca a segurança desse evento, já que é uma oportunidade de ouro para a prática de terrorismo, com o intuito de ofuscar a competição, como vingança endereçada a um ou mais países que participem da Olimpíada.

Mário Roberto MeloCorrespondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv

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