Depois de exatamente dez anos da segunda guerra envolvendo o Líbano e Israel, a primeira foi em 1982, quando a Turquia se afastou do estado judeu, e principalmente em 2010, num ato de provocação, quando tentou de entrar com vários barcos cheios de ativistas em área marítima da Faixa de Gaza, sendo impedido pela marinha israelense e resultando em troca de tiros que matou dez turcos, resultando numa séria crise diplomática entre os dois países. Finalmente a Turquia e Israel tentam agora uma aproximação e um retorno às relações, que no passado foram boas, com os dois países sempre muito unidos. Até a chegada do novo presidente, que começou a dialogar com a facção do Hamas, dando apoio moral e incentivando a enfrentar Israel. Os judeus se encontraram com os otomanos recentemente em Londres e a Turquia expressou as condições para voltar a continuar a conviver com harmonia. Primeiro, desculpas públicas por parte de Israel, o que já ocorreu. Segundo, indenização financeira aos parentes dos mortes que se encontravam naqueles barcos, que tudo indica não será problemático. E por último, que Israel abandone o bloqueio à Faixa de Gaza, o que seguramente, será o mais difícil. Aí mora o problema. O Hamas não medirá consequências e certamente será abastecido pelo Irã, inimigo natural de Israel, com misseis de longo alcance, ameaçando assim a segurança do país. No ultimo atentado que houve na Turquia, onde três israelenses morreram, o presidente turco expressou os pêsames ao povo judeu. Isso pode ser um bom sinal de que o acordo está prosperando.
Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv