A descoberta, depois de 500 anos, de como aconteceu a extinção dos Astecas, enfim foi elucidada por cientistas do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana (Alemanha), da Universidade de Harvard (EUA) e do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, o desaparecimento dos astecas foi fruto de uma das maiores epidemias já acontecidas na humanidade, dizimando 80% da população asteca. A ‘cocoliztli’ que esteve presente no México de 1545-50 foi uma das muitas epidemias que atingiu o país após a chegada dos europeus, ela apresentava os seguintes sintomas: febre alta, dor de cabeça e sangramento nos olhos, boca e nariz, e resultava, na maioria das vezes, em óbito, de acordo com as informações veiculadas no jornal The Guardian. Em cinco anos, 15 milhões de pessoas morreram, ou seja, 80% da população asteca da época. Até então, só se sabia que a doença era decorrente da chegada dos colonizadores espanhóis, liderados por Hernán Cortez. Tudo isso só foi descoberto depois que os cientistas os analisaram 29 esqueletos que estavam enterrados numa vala comum, no México, e que tinham sido mortos em virtude da doença “misteriosa”. Após o exame de DNA, os pesquisadores descobriram que a culpada pelas mortes na comunidade asteca – vitimou cerca de 80% da população – era a bactéria Salmonella paratyphi C, a partir dessas amostras puderam reconstruir genomas completos da bactéria e descobriram que 10 dos indivíduos analisados continham uma subespécie que causa a febre entérica, algo parecido como uma variação da febre tifóide que conhecemos. Após terem identificado a causa, os cientistas buscaram saber como a doença afetou tantas pessoas e chegaram a conclusão de que Salmonella se espalhou por meio dos alimentos ou água infectados, que neste caso podem ter viajado para o México por animais domésticos trazidos da Espanha.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *