A situação econômica do Irã vem gerando protestos novamente, lembrando muito o que aconteceu em 2009. O país persa vem sendo submetido, durante anos, a sanções internacionais, por suas atividades nucleares, gerando assim um aumento ainda mais as dificuldades para uma boa administração no país. Até agora, mais de 400 pessoas já foram detidas e o número de mortes está em 13. Tudo começou no dia 28 de dezembro, quando centenas de pessoas foram as ruas se manifestar, na segunda maior cidade, Mashhad (nordeste), contra a alta dos preços, contra o desemprego e contra o governo do presidente Hassan Rouhani. Segundo imagens de vídeo difundidas pela mídia reformista Nazar, os manifestantes gritavam “Morte a Rohani!” e criticaram os compromissos do governo no âmbito regional antes mesmo que no âmbito doméstico. De lá pra cá a situação só vem piorando, o número de mortos vem aumentando e o Vice-presidente iraniano, Eshaq Jahangiri, acusou a oposição por estar por trás dos movimentos, bem como a influência americana e sionista. Por sua vez, os EUA condenaram as detenções e aqui em Israel, o Primeiro Ministro, Benjamin Netanyahu, se dirigiu ao povo iraniano que é um povo amigo, dizendo que quem não quer a aproximação com Israel é o seu governo. Se de um lado existem as manifestações contra o governo, desde o último dia 30 o regime iraniano chamou pessoas para saírem as ruas para celebrar o aniversário da grande mobilização pró-governo, que marcou o fim da contestação contra a reeleição do ex-presidente, Mahmoud Ahmadinejad em 2009. O presidente iraniano, Hassan Rohan, declarou que o povo iraniano responderá aos agitadores e descumpridores da lei, qualificando-os como “pequena minoria que insulta os valores sagrados e revolucionários”. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que chegou o momento da mudança no Irã e o ministério das relações russas, afirmou que se trata de um assunto interno iraniano e que qualquer intromissão estrangeira sobre o assunto é inadmissível.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

 

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