CARTA PARA MAMÃE –
Resgatei uma carta escrita nos anos 70 para minha Mãe, na qual presto homenagem àquela que carinhosamente eu a chamava de “Fulô de Macaxeira”. Ela sempre sorrindo me dizia: “Menino macaxeira não tem flor”. Eu complementava: você é a única Flor de Macaxeira que existe no mundo.
Pois bem, da citada carta, escrita quando eu estava na região norte do país durante a construção da rodovia Transamazônica, extraio o seguinte trecho:
Querida Mamãe,
Saudades
Sou pequeno e pequeno é tudo que faço ante a grandiosidade do teu ser, minha querida Mãe. Quisera poder tê-la sempre comigo, mesmo que isso representa desigualdade com os outros que também tanto a ama. Sinto no âmago teu afago, teu carinho, teu amor… (lembro que quando pequenino, me agasalhavas, me abençoavas e eu dormia em paz).
Minha Mãe, (oh! Deus, que bom poder dizer: Minha Mãe), que este dia e todos os outros, seja para a senhora de felicidade e amor.
Sei querida Mãe que teus anos sempre foram de lutas e desencantos, para poder nos dar, da melhor maneira, tudo o que precisássemos. Sei também que nunca poderemos retribuir tão grande sacrifício pela nossa educação. Mas sei que cada um de nós tem sempre e sempre mais o teu amor. E eu, Mamãe, não sei como te agradecer. Já sou adulto, mas não sei caminhar sem a tua ajuda.
Estou sempre dando os primeiros passos e correndo em tua direção. Ao teu lado sinto-me forte e grandioso. Mas querida Mãe, Deus que é Pai e Senhor de todos nós é grande e, por Seu intermédio estamos sempre juntos. Tu e eu, eu e tu, seremos sempre um do outro e um pelo outro. Deus te abençoe Mamãe, “pois como o pastor busca o seu rebanho, assim buscarei as minhas ovelhas¨…………..…………………………………………………………………………………………………
Um abraço do teu filho Beto.
Nessas linhas, a minha eterna gratidão.
É como diz na música: “Como é grande o meu amor por você”.
Que no jardim divino, você Mamãe, possa estar entre tantas outras flores, porém única como Fulô de Macaxeira!
Até breve.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])