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Já surgem indícios reais de que o Brasil também não está imune a ações terroristas. Essa admoestação já havia sido feita na seção Conexão Expresso Oriente, assinada por Mario Roberto Melo, mostrando sua preocupação com o advento das Olimpíadas do Rio, em agosto próximo. Agora a revista Veja trata desse assunto mostrando que o extremismo, aliado à tecnologia, produz terroristas que podem atacar a qualquer momento, em qualquer lugar. E o Brasil não está a salvo, de acordo com avaliação da ABIN, o serviço secreto brasileiro, em relatório reservado distribuído às autoridades envolvidas na montagem da segurança da Olimpíada. O terrorismo arregimenta militantes remotamente, com as facilidades de comunicação e as garantias de sigilo oferecidas pela internet, exortando os mais radicais a realizar atentados por conta própria. Mais que uma simples hipótese, agora existem razões concretas para elevar o alerta. A principal delas é a constatação de que grupos extremistas têm empreendido esforços para recrutar seguidores no país, deixando-os em condições de agir a qualquer momento. Por isso, é uma das principais fontes de ameaça aos Jogos.

Segundo a Veja, até recentemente a única ameaça concreta ao Brasil era um texto de 67 caracteres escrito numa rede social por um membro do Estado Islâmico. “Brasil, vocês são o nosso próximo alvo”, dizia a mensagem, em francês, publicada dias após os atentados de novembro de 2015 em Paris. No fim do mês passado, o EI criou um canal de propaganda em língua portuguesa dentro de um aplicativo na internet. Ele funciona como uma agência de notícias e veicula, todos os dias, fotos, vídeos e textos com informações das frentes de combate da organização. Os ataques à coalizão que combate os jihadistas do EI no território conflagrado entre a Síria e o Iraque são comemorados como feitos épicos. A propaganda apela à conversão e é um chamamento a novos soldados. Desde que foi criado, o canal em português vem sendo monitorado de perto pelas autoridades brasileiras, que contam com o auxílio de serviços secretos estrangeiros – alguns deles, como a americana CIA, têm agentes trabalhando no Brasil há meses com a missão de detectar ameaças à Olim­píada e às delegações de seus países.

 

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