O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nessa segunda-feira (15) que está pronto para compartilhar armas de guerra com aliados em vários continentes, incluindo a América Latina. O anúncio é uma resposta direta aos países ocidentais que têm dado apoio militar à Ucrânia.

É a primeira vez que muitos deles pegam em uma arma. Antes de vestir o uniforme, os ucranianos levavam uma vida comum: “Eu era professora”, conta uma mulher de 34 anos. Ela diz que entre os colegas tem agricultores, pedreiros, mecânicos, que decidiram aprender técnicas de combate.

Todos eles são recrutas das forças armadas da Ucrânia que agora estão sob treinamento em uma base de operações na Inglaterra. A equipe do Jornal Nacional foi convidada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido para acompanhar um dia de exercícios. Nesta segunda-feira, as práticas acontecem em um terreno que simula uma situação de conflito em áreas urbanas.

A pedido do governo britânico, não podemos dizer onde fica a base, nem identificar os recrutas. O oficial explica que o objetivo é treinar pelo menos 10 mil voluntários ucranianos, com pouca ou nenhuma experiência militar. Eles aprendem como se movimentar e se comunicar em campo e, principalmente, como atirar.

No local, eles usam o mesmo tipo de fuzil que o exército ucraniano. O major diz que o curso reproduz condições reais de guerra.

Os treinos são pesados, relata um analista de negócios, de 25 anos. Ele conta que os pais ficaram preocupados com a decisão dele de entrar para as forças armadas: “Eles só me pediram para eu me manter vivo. É horrível o que estão fazendo com o nosso país”.

Nesse esforço de apoio à Ucrânia, só o Reino Unido já doou o equivalente a mais de R$ 14 bilhões. As doações também vieram de países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão e de integrantes da União Europeia.

Do outro lado da guerra, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que está pronto para também compartilhar os mais modernos tipos de armas com aliados na América Latina, na Ásia e na África. A oferta inclui veículos blindados, artilharia, caças e drones.

O governo russo também disse que pretende estreitar os laços com a ditadura da Coreia do Norte. E que pode trabalhar com o Talibã, no Afeganistão, quando for do interesse da Rússia. Mas os ucranianos que treinam na Inglaterra dizem que não têm medo das forças de Putin.

Com aliança no dedo, um universitário diz que quer voltar para casa o mais rapidamente possível. Ele mora em Kharkiv, uma das cidades mais afetadas pela guerra.

“Nossas famílias e nossas casas estão destruídas. Eu só quero ver o meu país seguro de novo.”

Fonte: Agência Brasil

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