CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

PESSIMISTA AZARENTO –

Conversa de pessimista só prospera com outro pessimista. Um lamenta e o outro aumenta: ”-pior foi comigo”!

Tenho até medo quando encontro algum. Fico por ali e vou saindo de fininho para não ser contaminado. Tempero tem demais, principalmente se dermos trela para os acontecimentos televisivos diários.

Lembrei-me de uma pequena crônica que escrevi para representar um desses “martírios” de um pessimista azarento, intitulado – “Pensamento Inútil de um Palhaço Besta”.

Acompanhe!

“A vida é um buraco; a gente anda até que um dia desaparece…

Porém, quando baixamos a cabeça para nos prevenir, recebemos em troca milhões de estrelas oferecidas pelo destino estático de um poste…

No entanto, graças ao inventor da fita branca, saímos pelas ruas passando como propagador do cristianismo…

Contudo, aqui e ali encontramos alguém que não concorda coma gente e diz que devemos sempre olhar para o alto; e eu como palhaço besta que bem pensa, passo a seguir a fé de quem disse…

Todavia, o fadário de um prego preso entre as pedras do caminho, simpatiza com a sola de meu pé… aquele beijo…

Quando abro a boca para expandir o grito de dor, vem voando sem destino uma abelha cega pela ânsia do néctar e, pousa no mar de minha língua… que tranquilidade…

E vendo que tudo está OK, esperou a ordem e blá… aquela ferroada…

Uma tormenta vem a minha boca e, em poucos momentos penso que o caroço de manga que engoli na semana passada vem à tona…

E saltitando numa perna só, vou rindo com a ponta do nariz, até que um mosquito vagabundo resolveu brincar de gangorra e… aquela brincadeira… contraia para direita, ele para esquerda; e vendo que nada podia fazer, sai pulando como se estivesse treinando para representar o Saci-Pererê…

Entretanto a sorte que Gastão me deu não havia terminado… ali estava à minha espera uma casca de banana… aquele escorrego…

Sai deslizando e… blá… fui cair no buraco da vida…

Como é bela esta vida!”

Viu?! Pessimista é assim mesmo: quanto mais dramático melhor.

Vai pra lá, azarento.

 

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