CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

Ó TOCHA, ILUMINE! – 

Chegou a hora!

A Tocha Olímpica encanta milhares de pessoas que veem exclusivamente o feito como uma simbologia dos jogos – em uma série de modalidades, que apresentam os talentos artísticos e competitivos de atletas ‘multi-pátrias’, em busca de recompensas tangíveis: as medalhas.

Essa chama, que queima em homenagem à deusa Hera (Juno) não surgiu nos Jogos de Atenas, como pensamos, e sim nos Jogos de Amsterdã, em 1928, quando acessa ficou durante toda a duração dos jogos.

Em 1936, nos Jogos de Berlim, a chama passou a ser acesa com a corrida da tocha até o estádio, até o momento exato de dar início às festividades, estabelecendo assim um elo entre os jogos da antiguidade e os jogos contemporâneos e, representando a pureza da eterna juventude olímpica.

Atualmente, nas ruínas de Olímpia na Grécia, raios de sol refletidos por espelho dão origem à chama, iniciando o ritual da tocha olímpica que, percorre recantos, os mais diversos, até chegar ao local onde servirá de centelha para acender a Pira Olímpica e dar por aberto os tradicionais Jogos Olímpicos.

Eis agora que esta chama está de passagem por Natal, capital potiguar.

Me ‘amuleto’ em nota da coluna do respeitado Woden Madruga (TN 01.06.2016), onde expressa que – a Tocha Olímpica passará em frente ao Teatro Alberto Maranhão, fechado desde o ano passado e ao antigo prédio da Faculdade de Direito de Natal, fechado há mais de 10 anos, – para refletir sobre o quanto seria bom que a luz emanada da chama olímpica, iluminasse também os homens públicos em seus compromissos com a administração da cidade e do Estado de tantas belezas naturais.

Que tal se nesse trajeto a Tocha Olímpica, também passasse pela Biblioteca Câmara Cascudo, pelo Viaduto do Baldo, pelas Escolas dos bairros, pelos prédios das Delegacias, pelas Centrais do Cidadão, pelos corredores dos hospitais, pelas filas de marcação de consultas, pela inacabada Av. Omar O’grady, pelos presídios – de areia e papelão – pelas avenidas que não interagem com as ruas adjacentes, pelas obras inacabadas de drenagem da Av. Capitão-Mor Gouveia, pela má conservação das rodovias, enfim.

Se essa chama fosse propulsora de tamanha solidariedade com o bem estar da população, ai sim seria os ‘Jogos Olímpicos da Responsabilidade’ com nosso Brasil, que mesmo exaurido pela inapetência política, ainda tem fôlego para seguir adiante.

Nesta modalidade, certamente, não auferiremos nenhuma medalha. E assim como os reais Jogos Olímpicos, resta-nos a esperança de surgir lá adiante, novos ‘atletas gestores’ que possam colocar seus dons em prol do politicamente correto e efetivo.

Só assim, a Tocha Olímpica iluminará o país e garantirá uma geração futura cheia de brios e competitivo para colocar e manter o Brasil no pódio do trabalho e da administração, imune aos males que hoje tira o sossego de seus filhos.

A chama precisa iluminar a nossa vontade de vencer, de progredir, de ter serviços públicos que atendam a demanda do bravo povo brasileiro.

Façamos o revezamento da chama da justiça, onde nada fique na escuridão dos acordos espúrios e, que às claras, possamos mostrar aos nossos jovens, oportunidades de construir um Brasil melhor.

Um novo tempo, uma nova Olimpíada, onde o “um por todos e todos por um” esteja em destaque, oposto ao hoje combalido “alguns por uns e uns por eles mesmos”.

 Vamos ao mais alto degrau do pódio!

Carlos Alberto Josuá CostaEngenheiro

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