ANA LUIZA EE

DONS –

Algumas pessoas nascem abençoadas com “dons”. Dádivas divinas que lhes permitem fazer algo de forma realmente boa, boa não, excepcional. Existem cantores, atores, pintores, escultores… milhares de artistas nesse mundo que realmente são abençoados, presenteados com dons. Administradores, carpinteiros, cozinheiros… Eles estão por aí. Talvez seu parente ou seu vizinho, ou até mesmo você, seja um destes sorteados.

A maioria da população, porém, precisa trabalhar, e trabalhar duro mesmo, para ser excelente. E não há nada de mal nisso. O esforço ou a falta dele para se conseguir chegar onde deseja não é exceção, é luta, é trabalho, é esperança, mas também deve ser comemorado como sinal de vitória, de conquista.

Já pensou se todos fôssemos ótimos em algo? Que valor daríamos ao estudo, à dedicação e, até mesmo, à vitória em si? Sem tirar (nenhum) mérito dos “abençoados”, os esforçados são a base da mudança, da invenção, da origem de muitas coisas que hoje consideramos imprescindíveis.

É maravilhoso ser naturalmente extraordinário, mas já pensou no tamanho da vitória que é dar um salto entre o que é considerado ordinário, comum, e tornar-se algo ímpar? O quanto aquilo impulsiona a pessoa a se dedicar ainda mais, a crescer ainda mais?

Em algum ponto, todos somos comuns. Ninguém é perfeito em todas as áreas, então por que não nos dedicarmos um pouco mais a cada dia no quesito superação? Por que não nos esforçarmos um pouco mais e tentarmos ultrapassar não ao outro, mas à humanidade?

Ótimas descobertas foram, realmente, realizadas por gênios, mas algumas delas, até mesmo famosas, foram frutos de erro, como a penicilina. Outras apostas, como o automóvel, foram veementemente desencorajadas e hoje são tão importantes nas nossas vidas. E o que se dizer sobre os “visionários da informática”? Ainda estaríamos datilografando sem eles.

Não há como negar que dentro de cada um de nós há um gênio, só precisamos encontrá-lo, descobrir a sua área e poli-la, arduamente ou não. Nem todos precisam do mesmo estímulo para oferecer a mesma resposta.

Encontre aquilo em que você é bom e torne-se ótimo. Encontre aquilo em que você é ótimo e torne-se incrível. Trabalhe nisso, pois não existe recompensa sem trabalho, mas não deixe de fazer o que está latente em você, só esperando para ser explorado e usado em prol de todos nós.

Não deixe que nada crie obstáculos, nem a preguiça (porque todos nós a temos em algum grau), nem as más línguas (porque elas estão por aí…) nem suas próprias inseguranças e medos. A sua jornada foi feita para ser trilhada com louvor. Então, cumpra-a.

Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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