Há duas forças completamente antagônicas que possuem um poder inimaginável. Que mostram claramente seu terrível poderio, principalmente quando se colocam ostensivamente uma contra a outra. De maneira belicosa, insana e inconsequente.
Refiro- me ao amor e ao ódio. Duas faces de uma mesma moeda. O polo positivo e o polo negativo. O macho e a fêmea. O Adão e a Eva. O direito e o esquerdo. O Yang e o Yin da mitologia chinesa, que originou a humanidade e o universo.
Incrível o poder que essas forças possuem. Terrível a capacidade destrutiva que carregam consigo. Principalmente quando se nutrem de um perigoso leit motiv: umirracional, cego e insensato sentimento de ódio. Seja de origem racial, política ou religiosa.
Recentemente vimos dois exemplos absurdos dessa prática. Primeiro, o caso do avião da Malasyan Airlines, abatido nos céus da Ucrânia por separatistas pró-Rússia. Atitude imperdoável, que ceifou desnecessariamente vítimas inocentes. Nada justificou tal irresponsabilidade.
Depois, a louca “guerra santa”, que nada tem de santa, envolvendo árabes e judeus. Que nos deu um novo e sangrento capitulo, tendo como cenário a Palestina. Uma guerra de Israel contra o Hamass, com centenas de mortos em poucos dias. Por que, meu Deus, por que?
A intolerância aflorou com força neste inicio de século. Mas precisamos mudar, urgentemente. Afinal, a cor da pele e a opção sexual não são o mais importante. A definição política e religiosa, muito menos.
Vamos urgentemente perseguir políticas de valorização do ser humano e não o contrario. Senão, viraremos lobos de nós mesmos. Como preconizou Hobbes.
Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]