ADIRSON VASCONCELOS –

As lideranças trazem em seus âmagos as marcas indeléveis da capacidade atávica dos seres humanos em saber convergir anseios de fraternidade em patamares de grandeza espiritual, a reunir díspares em unidades hegemônicas comportamentais.

Pioneiros Armando José Buchmann (+), José Dilermando Meireles (+), Lincoln Magalhães da Rocha, José Carlos Gentili, Raimundo Nonato da Silva (+), Leon Fredja Szlarowsky (+), Raul Bernardo de Senna(+) e José Adirson Vasconcelos, membros do Clube dos Pioneiros e do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal

A simplicidade é o fato gerador destes procedimentos e a palavra guarda a voz que harmoniza estas criaturas diferenciadas em seus procedimentos, uns com os outros.

José Adirson Vasconcelos, pioneiro, vindo da cearense Santana do Acaraú, em idos de 1957, aqui já se encontrava nos albores da Capital da Esperança, quando o saudoso cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, celebrou a primeira missa campal nos altos do atual Cruzeiro, em memorável solenidade cívico-religiosa, liderada pelo inolvidável fundador da cidade e um dos homens probos desta nação – o Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira.

Ali estava o jornalista Adirson Vasconcelos, ícone do Correio Braziliense, a registrar as palavras do Cardeal Motta, quando afirmou ser Brasília – “o mais formidável impulso unificador e civilizador do Brasil”.

Pensamento a ratificar o sonho profético de Dom Bosco – homem de Assisi.

A cruz, símbolo crístico, marcou os primórdios da ocupação da hinterlândia brasileira no processo de interiorização civilizatória deste país continental.

Sob um grande toldo foi oficiada a Primeira Missa de Brasília, em 3 de maio de 1957, vendo-se o madeiro a resplandecer meio a milhares de candangos, vindos da Cidade Livre e Candangolândia, verdadeiros canteiros de obras da nova metrópole.

Ali estava um líder, um ícone, o pioneiro Adirson Vasconcelos, a fazer a cobertura jornalística. Um defensor intransigente da criação da Nova Capital, vindo a tornar-se o mais importante historiador brasiliense, incansável mudancista.

As gerações futuras recordarão a importância do maior historiador de Brasília, uma simbiose invulgar de protagonista e espectador.

Um homem de inteligência superior, com o estigma da universalidade.

 

 

 

José Carlos Gentilli – Escritor, membro da Academia de Ciências de Lisboa e Presidente Perpétuo da Academia de Letras de Brasília e ex-presidente do Clube dos Pioneiros

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