ACADEMIA –
Lá estou eu na saga “dieta-medicação-exercícios físicos” para poder organizar todas as taxas alteradas que me assombraram nos últimos exames de sangue. Recebo a orientação alimentar da nutricionista, tomo a medicação diariamente e… Estava faltando… Estava faltando exercício físico!
Não me animei para me matricular (mais uma vez) na academia. A desculpa do tempo é valiosa para isso. Mas… mas, temos a academia do prédio e decido dar uma nova chance a ela. É assim que tenho ido quase diariamente para lá, tendo diversas experiências. Algumas não tão boas como gostaria.
Descobri, primeiramente, que não conheço meus vizinhos. Moro no mesmo lugar faz quase 19 anos e cada vez que entra alguém na academia eu me surpreendo com seu rosto. Como cheguei a este ponto? Alguns respondem ao “Bom dia – Boa tarde – Boa noite” e outros se fingem de surdos. Sempre vou me espantar com a educação que falta…
Depois percebo que, independente de estarmos numa academia de condomínio ou nas habituais, tem alguns padrões que sempre me surpreenderão, como os homens que a cada série de braços para na frente do espelho para ver se já houve resultado (ainda não, meu amor!, – tenho vontade de gritar). Aqui isso se repete constantemente…
Entretanto, o último ponto que questiono é o da ESCOLHA MUSICAL! A TV ligada no YouTube e as músicas tocando em alto volume. Gente do céu, estes dias tenho sido apresentada a cada cantor! Não consigo expressar o assombro que tenho sentido. O pior que, quase sempre, tem as músicas chicletes. Não entendo a letra completa, o que entendi achei horrível, a parte horrível fica se repetindo em minha mente quase se materializando enquanto o dia não termina. Um verdadeiro caos musical!
Moral da história: não basta seguir à risca as orientações do médico nem as da nutricionista, preciso lembrar de usar meu fone de ouvido…
Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista e Escritora