A TAL ESCOLA SEM PARTIDO –

As declarações do Ministro da Educação estarreceu o país, passando a ser necessário a sua convocação a Câmara Federal, no mínimo para dar explicações, quando deveria ter sido tomado outros medidas, tamanhas foram os assaques cometidos contra s honra ao povo brasileiro e a nossa intelectualidade reconhecida internacionalmente, chegando a insultos levianos.

O Brasil deu grandes educadores, podendo ser destacados, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire, o patrono da educação brasileira, com obras traduzidas pelo mundo afora, inclusive  com reconhecimento nos Estados Unidos, pátria do capitalismo, mas com bolsões de pobreza, em face do seu método cientifico e executados por Escolas americanas premiada pela Centro Nacional pela Transformação do Ensino Urbano.

A proposta de Escola sem partido que consiste apenas, transformar o ensino as condições de mercado, adestrando o estudante voltado para o emprego, confundindo na obtenção de uma profissão de ensino médio, a formação cidadã, crítica, capaz de compreender a nossa pluralidade, fundamentos essenciais dispostos na Constituição e da República brasileira.

Os brasileiros devem estar preocupados com as boas condições da educação, com a qualidade de ensino urbano e rural, a excelência física das escolas, na qualidade dos professores, com uma remuneração digna e altura do seu mister e com o rigor ético, na sua capacitação permanente, na gestão democrática envolvendo a comunidade escolar com a família acompanhando o aprendizado dos filhos.

O país não pode desconhecer os programas públicos permanentes para a educação, em razão da cruel diferença de classes e agora com a exacerbação  do neoliberalismo que já fracassou em muitos países, como a alimentação escolar necessária para manter o estudante na escola evitando a evasão, do transporte escolar, do fardamento destinado aos estudantes, do tempo integral, entre outros.

A Escola precisa ser crítica, os professores terem autonomia de cátedra, acompanhada pela coordenação pedagógica, com uma base mínima curricular nacional, elegendo seus diretores e com o controle dos Conselhos Escolares, intermediando os interesses da coletividade  e da comunidade, formar o ser humano para a inserção social, capaz de exercer a cidadania na plenitude e enfrentar os desafios postos da contemporaneidade.

A educação sempre representou o pensamento do “status quo”, desde a dominação do antigo império romano, mas, não pode ser  fechada, que não desperte a condição plural, da nossa diversidade e origem, capaz de compreender, de entender os diversos pensamentos humanos, levando o estudante para formular, questionar, perguntar, não ser simplesmente marionetes, terem inteligências emocionais e se vocacionarem para a diversidade de profissões, de buscarem a felicidade.

Terminaria este pequeno artigo citando Frei Beto: “O papel número um do educador não é formar mão de obra especializada ou qualificada para o mercado de trabalho. É formar seres humanos felizes, dignos, dotados de consciência crítica, participantes e ativos do desafio permanente de aprimorar a sociedade democrática. Cabe à educação suscitar nos alunos apreço aos valores que estimulam o altruísmo, a solidariedade, o serviço desinteressado às causas humanitárias, valores que derivam também de fontes espirituais”.

 

Evandro de Oliveira Borges – Advogado

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