Carlos Alberto Josuá Costa
A poesia como gênero literário tem seus versos estruturados de forma harmoniosa, manifestando beleza e estética em forma de palavras. Porém quando ela foge da “métrica” e brota do coração, sensibiliza e desperta sentimentos. Passa a ser uma arte que inspira e encanta, sublime e bela.
Surge daí os recursos da alma amante e, livre das amarras, define o seu próprio ritmo. Certamente movido pela momentânea inspiração, manifesta os mais variados sentimentos, como o amor, a amizade, a tristeza, a saudade.
A poesia não acaba.
Ela sopra inspirações que tomam conta de cada um de nós, em épocas e momentos os mais diversos. Em mim, surgiu fortemente quando o despertar para o amor amante foi tomando forma nos arranjos das letras que motivavam as descobertas joviais.
Encontrei nas pastas onde guardo os rascunhos daquele tempo, uma delas com um passado de mais de trinta anos e, percebi que a poesia também não tem idade.
Acompanhe!
AMANTE
Interessante…
Teus olhos, os meus…
Olhando numa só direção…
Tua boca, meu desejo…
A busca que afaga nosso ser.
A loucura que nos envolve
Resolve, reclamando ação.
Lindo, teu semblante em medo…
Numa indecisão oscilante
À procura viva do teu amado
Fomentando em mim amante
O tempo vagando, livre…
O instante que sorri,
Labareda, sangue ardente
Palpitando em ânsia de ti.
Vem, toca em mim com ardor
Com carinho te sentirei.
Podes até dizer: estás louco!
Mas que importa ser louco
Se tenho a esperança do teu amor.
Não me preocupo com as rimas. Penso e escrevo como os pássaros que cantam em tempos desiguais e, mesmo assim, não perdem a perfeição das notas musicais.
É apenas um registro de uma emoção.
É a minha poesia.
É natural!
Aproveite para procurar também as suas que estão naquele velho caderno pautado.
Vale a pena relembrá-las.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])