A NOSSA RESSURREIÇÃO – 

“No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha sido removida. Então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse: ‘Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!’”

A narrativa do Apóstolo João acerca da ressurreição de Jesus é bastante conhecida por nós Cristãos. Mas a sua fonte de revelações é inesgotável! Como sabemos, Maria Madalena foi a primeira pessoa a ver Jesus ressurrecto. Muitos dizem que o Cristo “apareceu” a ela primeiro que aos outros, esquecendo, porém, que Madalena foi a PRIMEIRA a ir ao túmulo, “bem cedo, estando ainda escuro”.

Ou seja, ela procurou Jesus primeiro que os demais; ela queria encontrá-Lo; ela estava sintonizado ao seu Mestre desde cedo! A narrativa diz que “Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos.”

É comum, ao lermos o texto, fixarmo-nos apenas no evento da ressurreição de Jesus. Geralmente não extraímos dali uma lição para toda a Humanidade, não nos incluímos. Vale dizer, o que ocorreu com Jesus deve ocorrer com todos nós! E não necessariamente após a morte física, mas é possível ocorrer em qualquer estágio de nossa existência.

Podemos ser arrebatados – como fala as Escrituras -; podemos ser tirados do túmulo da ignorância, ver o Cristo em nós próprios, assim como em nossos semelhantes; podemos conceber a Verdade em vida (ainda no corpo físico), como ocorreu ao Apóstolo Paulo.

Assim como Madalena não reconheceu Jesus num primeiro momento, confundindo-O com o jardineiro, da mesma forma nós, geralmente, não reconhecemos o Cristo que habita o próximo, nem em nós mesmos! Nos limitamos a ver a aparência, o exterior.

Não despertamos ainda, não ressuscitamos, não nascemos de novo, não nos conscientizamos do ser que somos verdadeiramente! Quando isto ocorre, porém, tudo se faz dia claro – a luz do Cristo brilha em nós como o Sol. “Vocês são luz”, afirma o Cristo.

Jesus disse: “Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês”.
O tempo todo o Mestre nos inclui na sua glória! Como não enxergar a nossa natureza divina?! Como podem pregar que somos um fracasso da criação?! Se apenas virmos os defeitos da nossa personalidade, do nosso exterior, daquilo que pensamos ser, realmente estaremos enxergando apenas uma parte passageira, aquela que morre e desaparecere para sempre.

Precisamos enxergar nosso verdadeiro ser, conforme fomos criados por Deus. O Deus infalível, O todo poderoso! Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo.”Segundo a narrativa do Apóstolo João, este fato aconteceu na semana seguinte à da ressurreição.

Era a segunda vez que Jesus se fazia presente entre eles, desta feita com a presença de Apóstolo Tomé, que até então se negava a acreditar que Jesus havia ressuscitado. Eles receberam o Espírito Santo bem antes do Pentecostes – ocorrido cinquenta dias após a ressurreição.

Dessa leitura, podemos concluir que cada um tem seu momento pessoal de encontro com o Cristo. Uns cedo, outros um pouquinho depois, e outros mais tarde. Mas, o importante é que todos veremos a Deus! Cada um a seu tempo, de acordo com sua diligência, vontade, dedicação, pureza de alma, propósito, humildade e amor. Cabe a nós procurá-Lo, e Ele abrirá o porta do túmulo, e veremos a sua glória!

E o Apóstolo João conclui: “Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.”

 

 

João Batista Soares de Lima  – Ex-secretário de Tributação e Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão.

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