A DATA DE JESSEZINHO –

Se estivesse vivo, Jessé Freire Filho faria 59 anos nesse 03 de agosto. Advogado, administrador de empresas, deputado federal por duas vezes. Uma trajetória interrompida. No secreto calendário da vida um astrólogo arbitrário o fez perder a fase madura da juventude, os caminhos e os sonhos.

A lembrança, hoje, é o único vestígio que não desaparece, que não se apaga.

O silêncio, agora, é o compasso de tantos amigos saudosos que em vez de alguma canção de tristeza gostaria que ainda existisse o seu braço, o seu abraço, o seu sorriso contido e sincero.

Fernando Pessoa definiria bem a sua curta existência “a vida é breve, a alma é vasta e a obra imperfeita”.

Mas, Jessezinho foi fiel a palavra dada e a ideia tida.

A sua eleição repetida para a Câmara Federal marcou a fase mais brilhante de sua vida pública, porquanto revelava a expectativa da continuidade política da liderança do pai.

As lições de humildade e a lealdade que dele recebemos representam um exemplo a ser seguido.

Em Macaíba, obteve votações crescentes e consagradoras. Gostava de apresentá-lo ao povo como neto de Macaíba porque o pai, o senador, era o filho de minha cidade. D. Ivanise, a heroína pastora de sua provação, tudo o que tem é haver sofrido pelo seu sonho alto e perdido, mas retomado, revitalizado na lembrança e no pensamento de que: “pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde”.

Nesta data, algumas coisas que dele ficou, entre outros exemplos, como memória imperecível gravada na pedra e no cimento, foi o seu nome no CAIC de Macaíba que reverenciará a sua passagem entre nós, para dizer que sobre um passo de sombra há um passo de luz e que ainda assim é belo ouvir a canção da ausência.

 

Valério Mesquita – Escritor, membro da ANL e do IHGRN– [email protected]

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