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Numa decisão tomada mais cedo do que era esperado inicialmente, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem o plano de reestruturação interna de governança da companhia. Os objetivos principais, além da redução de custos, são o de tornar a companhia mais enxuta e flexível, bem como aumentar o controle sobre a gestão de executivos em cargos gerenciais.

As maiores mudanças ocorrerão nos cargos de gerência. Com o fim de uma série de funções gratificadas a Petrobras, segundo essa fonte, se pretende reduzir os gastos salariais entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões por ano. Com as mudanças, serão extintos cerca de 30% de cargos com funções gerenciais, conforme antecipou o GLOBO no último dia 20.

De acordo com a fonte, os sete gerentes-executivos, cargos que ficam abaixo dos diretores, vão passar a participar de comissões técnicas e serão responsabilizados por seus atos, conforme a Lei das S.A., como administradores. Isso, no entanto, não implicará novas promoções. Eles continuarão gerentes-executivos, só que agora vão ser responsabilizados juridicamente, aumentando suas responsabilidades.

Uma das finalidades dessa reforma é permitir que a Petrobras tenha um maior controle sobre sua gestão, de forma a dificultar atos ilícitos, como os corridos recentemente, revelados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

Ao todo, com essa reestruturação, serão extintos entre 15 e 20 cargos gerenciais dentro da estatal, o que representa cerca de 30% do total. Até setembro do ano passado, a estatal contava com 7.116 funcionários em cargos gerenciais, com gratificações. Foi decidido que serão mantidas as atuais sete diretorias. A proposta original do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, de criar vice-presidências, acabou não sendo aprovada.

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